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Agatha, a pequena guerreira: superando a leucemia com um sorriso na luta pela cura

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A medida em que os cabelinhos iam caindo sobre os ombros da pequena Agatha, o sorriso se abria. Talvez pela inocência de uma criança de apenas 4 anos, ou, melhor, pela coragem genuína que só os pequenos carregam dentro de si. A cena ocorreu há alguns dias, numa sala na ala oncológica do Hospital Regional, em Campo Grande.

Pequena Agatha durante raspagem da cabeça (Vídeo: arquivo pessoal)

Diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda em outubro passado, nossa pequena gigante tem encarado com bravura o longo caminho traçado à cura. Tatiana Bonfim de Souza, 25 anos, mãe de Agatha, conta que a saga começou quando a filha passou a sentir dores nas pernas e febre que não cessava com medicação.

Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em que buscou atendimento, receitaram antitérmico e anti-inflamatório. Mas, o quadro só piorou. Uma dor no ouvido se somou aos outros sintomas. A menina sangrou. A mãe, então, marcou consulta com um médico particular e na bateria de exames veio a urgência.

“Tinha hemograma para fazer. Fui no postinho, coletaram pela manhã e à tarde me ligaram para ir buscar o resultado com urgência”, conta ao Primeira Página. O restante dos exames sequer chegou a ser feito porque a dura resposta já estava decretada.

“Eu estava no meu trabalho quando me ligaram, sai e corri pra lá. Me passaram para o posto do [bairro] Universitário e lá as médicas vieram com o diagnóstico. Me encaminharam para o HR [Hospital Regional] e é aqui que estou”.

O trabalho de Tatiana já não existe mais. Ela atuava em um pequeno mercado, mas precisou sair para se debruçar integralmente rumo à cura da filha. Quem estava segurando a barra financeira era o marido, Antônio Mendes de Souza.

Ele era açougueiro no mesmo comércio, porém, diante da ausência por motivo de saúde tanto de Agatha quanto dele mesmo, que travou a coluna por três dias, a empresa preferiu dispensar seus serviços.

Por isso, o casal decidiu lançar uma vaquinha. O dinheiro é para ajudar na locomoção da família, que mora nas Moreninhas, para o HR, bem como para custear medicação não disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) e à dieta da menina.

Até o começo do mês, eles usavam um carro ano 1997, porém o veículo estragou e também não há recurso para conserto. “Na verdade, a gente acha que nem compensa pela idade do carro”.

O cenário poderia ser encarado como o pior possível, só que o sorriso da pequena Agatha não deixa a peteca dos pais cair. Ela, que encara o segundo ciclo de quimioterapia, escolheu até um apelido para que a equipe de enfermagem a chame: Carequinha.

“Aí até escreveram assim aqui no quadro do hospital”. O cabelo da criança estava caindo bastante devido aos efeitos colaterais do tratamento, ficava grudado pelo corpinho, por isso a mãe achou por bem o raspar, tudo, claro, com aval da agora Carequinha.

“Quando ela raspou a cabeça, todo mundo ligou, falou que ela ficou linda. E aí ela gostou. Ela falou que ela ficou linda, carequinha. Todo mundo que pergunta do que você gosta de ser chamada, ela fala de carequinha”.

O ciclo de quimioterapias deve durar dois anos e por cinco ela será acompanhada pela equipe oncológica para monitoramento. Enquanto isso, as madeixas de Agatha vão crescendo novamente e o sorriso? Esse nunca saiu do lugar, segue lá estampando até os dias mais nublados, como podemos conferir no vídeo abaixo.

Agatha não perde o sorriso (Vídeo: arquivo pessoal)

Quer ajudar a família? Entre em contato pelo: 67 98195-2408.

Fonte: primeirapagina

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