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Descubra se usar baldes de água melhora a umidade do ar em casa

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Desde segunda- (9), o ar da cidade de São Paulo vem sendo considerado um dos piores do mundo. O que não falta são relatos de pessoas reclamando de garganta seca, mau gosto na boca, olhos ardendo, nariz ressecado, sangrando e dores de cabeça. 

Nas últimas semanas, o Brasil inteiro tem registrado uma qualidade de ar extremamente baixa, consequência das queimadas espalhadas pelo país. O tempo seco e poluído é visto a olho nu, como se uma névoa constante estivesse presente nos céus. Esse cenário quase apocalíptico tem afetado diretamente nosso bem-estar.

A solução? Bom, em um mundo ideal, seria o ar estar menos seco, mas como isso parece impossível no momento, o jeito é resolver por conta própria.

Talvez, uma das sensações mais desagradáveis seja o ar ressecado que respiramos. O nariz, além de suas várias funções, tem a tarefa de filtrar e aquecer o ar. Porém, quando o tempo está muito seco, esse órgão perde a umidade, comprometendo essa barreira inicial.

A Clarissa Lehoczki, otorrinolaringologista pela Unicamp, explica que a poluição, por sua vez, agrava ainda mais a situação, “ela vai causar uma inflamação maior, um inchaço maior, que aí vai ter os sintomas de ficar com o nariz mais entupidos, eventualmente uma sensação de pressão, peso na cabeça, de ardor, tudo isso é esperado nessa fase.”

Por isso, em tempos assim a umidificação do ar é essencial. Embora umidificadores eletrônicos sejam a opção mais eficiente, porque liberam grandes quantidades de vapor em pequenos ambientes como quartos e salas, o jeitinho brasileiro têm alternativas caseiras para para umidificar o ar. Mas será que elas são mesmo eficientes?

Umidificadores caseiros, fato ou mentira?

Fato! A boa notícia para quem cresceu passando por momentos secos com soluções caseiras para umedecer o ar é que essas opções funcionam. Os métodos abaixo são os mais conhecidos:

  • Colocar baldes de água no quarto
  • Toalhas molhadas perto da cabeça
  • Tomar banho de aberta

Mas qual o mais eficaz? Não existem muitos estudos sobre o tema, mas uma pesquisa brasileira de 2021 testou a efetividade das técnicas do balde de água e da toalha em tempos pouco úmidos.

Os cientistas mediram a variação de umidade em cinco quartos: um com uma toalha molhada, um segundo com balde e um terceiro com um umidificador eletrônicos (os outros dois cômodos foram usados como controle). O resultado? Os quartos com o umidificador e com a toalha molhada mostraram 7,50% e 5,71% mais umidade, respectivamente, em comparação com o ambiente externo. Já o balde de água não mostrou variação expressiva. 

Melhor do que nada

Lehoczki explica que, apesar dessas “gambiarras” funcionarem em baixa escala comparadas com os aparelhos tecnológicos, ainda sim são uma ajuda para dias secos, e qualquer vapor de água é bem-vindo nesses momentos. 

“Todas elas vão ter um benefício, lógico que a melhor é o umidificador, porque você vai ter uma quantidade maior de vapor sendo liberado no ambiente e aí na sequência a toalha, uma capacidade muito menor de trazer umidade para o ambiente, mas sempre é melhor do que nada.”

Outra dúvida que surge em épocas de seca é se tudo bem manter o umidificador ligado a noite inteira. A médica explica que “não tem problema, desde que você deixe esse umidificador longe da cama, móveis e cortinas, para você não ficar com aquele material, seja tecido, seja madeira, úmidos”. Ninguém quer mofo, não é.

“E as plantas da minha casa?”

Ao contrário do que muitos acreditam, a ideia de que uma casa verdinha, cheia de plantas vai ajudar a purificar o ar é fake. Uma pesquisa conduzida pela NASA revelou que é necessário um número exorbitante de plantas para diluir a concentração de poluentes e melhorar de fato a qualidade do oxigênio. Se o objetivo é respirar um ar melhor, o caminho é deixar as janelas abertas – por mais kamikaze que isso pareça no momento. Você pode entender mais sobre esse estudo aqui.

Lavagem nasal e hidratação

 Lehoczki ressalta ainda que o melhor método para dias secos é a lavagem nasal: “sempre o que vai ser mais eficaz é a lavagem nasal com soro fisiológico, seja em dispositivos de aerosol ou conta-gotas. Tudo é válido para recuperar um pouco dessa hidratação do nariz.”

Além disso, ela reforça a importância de beber bastante água neste período, “não adianta a gente pensar em ter o nariz úmido só através da lavagem ou do umidificador, a gente precisa tomar água, porque se o corpo da gente também não está hidratado, não tem de onde puxar a umidade para o nariz”.

Fonte: abril

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