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Agronegócio

Segurar venda à espera de preço é um risco, diz superintendente do Imea

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Até janeiro Mato Grosso comercializou cerca de 45% da produção de soja prevista para a safra 2022/23. Uma das justificativas dos produtores para “segurar” as vendas é a expectativa de preços melhores, o que pode ser um risco na hora da colheita da segunda safra de milho quando se trata de armazenagem.

O percentual de comercialização da soja, conforme o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, é considerado abaixo da média para o período, que costuma ser entre 50% e 55%.

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O superintendente do Imea é o entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto.

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“O produtor tem ficado mais acanhado. As vendas do ano passado inteiro a gente viu isso. Nos últimos anos quem comercializou antecipadamente viu o preço disparar logo na sequência. Então, o produtor fica naquela se faz o negócio ou se não faz aproveitando tentar uma melhor margem. Mas, isso é um risco”, pontua Gauer.

Segundo Gauer, hoje o maior desafio de Mato Grosso é quanto ao espaço de armazenamento, uma vez que a capacidade estática é de aproximadamente 42 milhões de toneladas.

“É um desafio de Mato Grosso, porque ele sempre produz mais do que ele tem de capacidade estática de armazenagem. Mas, o produtor também está de olho na seca do Sul [do Brasil], na seca da Argentina e o que isso pode ocasionar nos preços do mercado internacional e no que reflete no estado no preço da soja”.

Produtividade tende a crescer

A tendência da produtividade em Mato Grosso, principalmente da soja, é de crescimento no longo prazo, destaca o superintendente do Imea. Nesta safra 2022/23 a projeção média é de 60,4 sacas por hectare.

Conforme Gauer, entre os fatores que tem contribuído para o crescimento da produtividade em Mato Grosso está o surgimento de novas tecnologias e o investimento dos produtores no parque de máquinas, que configura em uma colheita mais rápida.

“Então, acredito que nos próximos anos com certeza vamos ver um incremento gradual de produtividade no estado”.

 

 

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Fonte: canalrural

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