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Agronegócio

MST inicia desocupação de áreas invadidas em meio a críticas de ministros: Saiba mais sobre o assunto.

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MST, Bahia, reforma ágraria

Nesta sexta-feira (21), militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que estavam ocupando a área da Embrapa em Petrolina, Pernambuco, deixaram o local pacificamente em respeito ao de reintegração de posse determinado pela Justiça.

O MST recebeu a notificação do mandado de reintegração na quinta-feira (20) e decidiu em assembleia geral cumprir o prazo de 48 horas estabelecido pela ordem judicial.

As famílias estão se deslocando para uma área provisória que foi cedida pelo governo. Uma equipe do Incra será enviada para fazer o cadastramento das famílias e fornecer lonas e cestas básicas para o novo acampamento.

Na última sexta-feira, o MST iniciou o processo de desocupação das áreas invadidas da Suzano em Aracruz, no .

Apesar da decisão judicial de reintegração na última terça-feira (18), a ação do movimento não está relacionada à decisão judicial, mas sim a uma promessa do governo federal.

De acordo com os militantes, a desocupação será concluída até o final da próxima semana, seguindo os protocolos necessários para a saída das famílias da área.

Na madrugada da última segunda-feira (17), cerca de 200 membros do movimento invadiram duas áreas da Suzano cultivadas com eucalipto.

Governo crítica MST

O ministro da de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, criticou a nova de invasões do MST. Segundo Padilha, o movimento tem outras formas de que podem apresentar mais resultados.

“Eu já disse: discordo de qualquer tipo de invasão de áreas produtivas, sobretudo de áreas que estão desenvolvendo pesquisas, como forma de luta. Acredito que o movimento tem outras formas de luta que podem conquistar ainda mais a sociedade para uma causa tão importante que é a reforma agrária”, afirmou.

“O Ministério do Desenvolvimento Agrário está desde o começo dialogando com a agricultura familiar e os movimentos que estão na área rural para construir junto um programa de fortalecimento de assentamentos”, complementou.

Na última quinta-feira (20), os líderes do MST foram recebidos pelo ministro da Fazenda,Fernando Haddad (PT), e ainda foram atendidos pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), que abandonou um em Londres a mando de Lula para resolver a crise. O movimento, porém, ampliou a lista de exigências ao governo.

Agora, o MST quer a nomeação de mais sete superintendentes do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a instalação de uma mesa de negociação com a participação do governo federal para deixar terras invadidas da Suzano, além de cobrar de Haddad mais verbas públicas para a compra de terras destinadas à desapropriação.

De acordo com o MST, os recursos são insuficientes para atender às necessidades da reforma agrária.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, expressou sua preocupação em relação às recentes invasões de terras promovidas pelo MST, afirmando que essa não é uma eficaz. No entanto, ele destacou que o governo está empenhado em encontrar uma solução para o problema e que o impacto com o MST deve chegar a um acordo positivo.

Múcio também enfatizou que o presidente Lula e o ministro Paulo Teixeira estão preocupados com a situação e empenhados em buscar uma solução. O governo acredita que as invasões podem ter o efeito contrário do desejado, atrasando o cronograma de reforma agrária que estava sendo montado.

Atualmente em Portugal acompanhando a primeira viagem do presidente Lula à Europa neste terceiro mandato, Múcio faz parte de uma comitiva de oito ministros que participarão da 13ª Cimeira Portugal-Brasil, onde serão assinados diversos acordos entre os dois países nas áreas de Cultura, Educação, Saúde, Economia, Negócios e Tecnologia.

Fonte: canalrural

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