Embora banido em diversos países, o herbicida atrazina é o segundo mais usado no Brasil. No Cerrado, por exemplo, é empregado para combater ervas daninhas que afetam a cultura do milho. Além disso, é comumente aplicado em plantações de cana-de-açúcar. Devido à alta solubilidade do composto e sua lenta degradação em condições naturais, tem sido considerado um poluente emergente principalmente em ecossistemas aquáticos, representando um risco à saúde humana, à flora e à fauna.
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O estudo conduzido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pode, no futuro, ajudar a remediar o problema.
Os pesquisadores produziram materiais à base de carbono grafítico poroso modificado com óxidos de ferro, o que confere propriedades magnéticas. Por meio de diferentes testes, parte deles feito com amostras de água coletadas em locais contaminados, os pesquisadores comprovaram que o material tem alta capacidade de remover a atrazina do meio líquido por meio de um processo chamado adsorção (adesão de moléculas de um fluido a uma superfície sólida).
“A publicação deste artigo em uma revista de alto impacto no campo das ciências ambientais foi possível devido à eficiência do material, mas principalmente porque estudos utilizando amostras ambientais foram feitos para comprovar essa aplicabilidade em condições naturais”, comenta Ailton José Moreira, coautor do estudo e integrante do CDMF, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp.
Também participaram do projeto Ernesto Chaves Pereira, professor da UFSCar, e a equipe supervisionada por Roberto Bertholdo na Universidade Federal de Alfenas.
Fonte: canalrural