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Turismo

Termina aluguel: Salgadeira terá prazo extra para desocupar imóvel

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A partir de janeiro de 2024, a gestão do Terminal Turístico da Salgadeira, localizado na MT-251, próximo ao município de Chapada dos Guimarães, seria assumido pelo Sesc-MT (Serviço Social do Comércio), porém a concessionária atual vai operar por mais 30 dias, após decisão da 5ª Vara de Fazenda Pública de Cuiabá da justiça de Mato Grosso.

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Complexo Salgadeira, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-215), entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, a 65 km da . (Foto: Gcom/MT)

A decisão foi assinada pelo juiz Francisco Ney Gaíva, na sexta-feira (12), diante do pedido da empresa LB Steak House, que alegou que o encerramento súbito das atividades geraria perdas e que o prazo dado não foi suficiente.

“O encerramento súbito das atividades do complexo resultaria na imediata do sustento de mais de 20 funcionários. Esta decisão não só reduz os impactos financeiros e sociais, mas também assegura a continuidade de um serviço valorizado tanto por turistas quanto pela população local”, diz a defesa.

O magistrado deferiu o pedido da empresa, ressaltando a questão das interdições da MT-251 por causa do período de chuva.

“Diante das peculiaridades do caso concreto, mormente quanto à interdição da Rodovia Emanuel Pinheiro, em razão do período de chuvas, e o transporte dos equipamentos essenciais à atividade, evidencia-se nessa quadra de cognição sumária a impossibilidade de adimplir o pactuado até a data estipulada”, descreveu em trecho da decisão.

O Complexo da Salgadeira foi alvo de autuações e embargo, em 2018. (Foto: Rafaella Zanol/Secid-MT)
O Complexo da Salgadeira foi alvo de autuações e embargo, em 2018. (Foto: Rafaella Zanol/Secid-MT)

O juiz destacou que o termo de acordo estipulado expressa que o prazo para posse do local poderia ser prorrogado por conveniência das partes, mantendo a concessionária, durante o período, as atividades regulares e a manutenção do Complexo da Salgadeira até a entrega.

O Governo do Estado chegou a publicar, no domingo (14), que o Sesc Mato Grosso assumiria a gestão do local a partir da próxima terça-feira (16), diante do acordo assinado em setembro do ano passado.

No entanto, até a entrega final, o restaurante e o estacionamento continuam funcionando sob a manutenção da empresa privada.

Acordo

Segundo o Ministério Público, desde junho de 2018, a Salgadeira é administrada por uma concessionária, que já foi informada da rescisão em razão de diversas irregularidades praticadas pela empresa, como a falta de acessibilidade e a inoperância da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes), que culminaram em diversas autuações por órgãos ambientais.

Assim, de acordo com o TAC, a concessionária terá até o dia 14 de janeiro para desocupação do imóvel e do .

Danos ambientais

O acordo foi realizado após um inquérito ter sido instaurado pela 15ª Promotoria de Justiça Cível de Defesa do Meio Ambiente Natural para apurar danos ambientais decorrentes da ausência de tratamento e destinação adequada de efluentes, que é de responsabilidade do estado.

Desde 2018, o mau funcionamento e ineficiência da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) do local é alvo de autuações e embargo.

A Salgadeira

A Salgadeira é um dos pontos turísticos e de lazer mais importantes de Mato Grosso. O local chegou a ficar inativo por 8 anos, após ser fechado em 2010 por irregularidade ambientais, como o risco de acidentes com banhistas por possíveis desabamentos da encosta da cachoeira e resíduos a céu aberto.

No mesmo ano, iniciou uma de reforma, que só ficou pronta em 2018. Inicialmente, ela foi orçada em R$ 6 milhões e o custo final foi de R$ 12 milhões. Na época as atividades foram interrompidas várias vezes por falhas no projeto e contratuais, entre outros motivos.

A obra deveria ter ficado pronta para a Copa do Mundo de 2014 e teve a inauguração adiada.

Fonte: primeirapagina

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