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Policiais da Decat são detidos por contrabando em Campo Grande: uma reviravolta surpreendente em meio à luta contra o crime.

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Dois investigadores da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista) foram presos, na noite de terça-feira (4), em Campo Grande, com veículos carregados de cigarros contrabandeados.

Os automóveis, apreendidos em fiscalização na MS-462, na semana passada, estavam em galpão no bairro Universitário.  

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Decat (Delegacia Especializada De Repressão Aos Crimes Ambientais E De Atendimento Ao Turista), Em Campo Grande, Onde Os Investigadores Presos Atuam. (Foto: Renata Fontoura)

De acordo com boletim de ocorrência, policiais militares chegaram até o endereço após denúncia por telefone.  

Na ligação recebida por um PM, por volta das 19h40, um homem de 32 anos, identificado como Alexandre Leite do Nascimento, que se apresentou como contrabandista, afirmou que dois de seus veículos haviam sido apreendidos no dia 29 de junho, no distrito de Vista Alegre, em Maracaju, mas que ao invés de serem levados para uma base policial, estariam circulando na capital.

O contrabandista acompanhou os policiais até o barracão, de onde um veículo Fiat Punto foi visto saindo. Na abordagem, os policiais identificaram que o investigador Rodrigo Roque, de 44 anos, era quem estava no banco do carona.  

Em frente ao local, estavam o investigador Ciro Dantas, de 47 anos, e um outro homem, de 35.  

As armas dos policiais civis foram solicitadas durante abordagem e entregues aos militares. Um outro armamento, com 10 munições intactas, foi encontrado no interior da caminhonete do homem que acompanhava os policiais. Ele afirmou ter registro da arma, mas não o porte.  

No pátio do barracão, foram encontrados dois veículos Astras, automóveis que pertenciam ao contrabandista que denunciou a situação. Ambos estavam carregados com cigarros com cigarros. 

Questionados, os investigadores apresentaram a mesma versão: que os veículos apreendidos com contrabando haviam sido abandonados na MS-462, próximo de uma fiscalização.  

Ainda segundo o registro policial, a equipe da Decat afirmou ter levado os carros até a base da Polícia Militar Rodoviária mais próxima, porém, na versão deles, nenhum policial aceitou receber a apreensão, até a manhã de terça.  

Com isso, os automóveis apreendidos teriam sido trazidos para Campo Grande. Sem espaço na Delegacia, os investigadores alegam que decidiram por levar os carros até o barracão indicado.  

Diversas caixas de cigarro foram encontradas nas dependências do local, totalizando 2.540 maços. O denunciante, responsável pelos carros apreendidos, confessou ser o responsável pela mercadoria e que um de seus funcionários havia abandonado um carro ao perceber a barreira, enquanto o outro foi preso e liberado, posteriormente.  

A reportagem entrou em contato com o delegado titular da Decat, Maércio Alves Barbosa, que preferiu não comentar o caso.

Em nota, a Corregedoria da Polícia Civil afirmou que autuou dois policiais civis lotados na Decat por prática de crime de peculato, contrabando. Ainda segundo a instituição, providências estão sendo devidamente adotadas pela Corregedoria Geral da Polícia Civil.

“A Policial Civil não coaduna com condutas que destoem de sua missão de servir e proteger a sociedade e reafirma o compromisso de apurar cabalmente os fatos”, informa a nota.

Fonte: primeirapagina

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