Quem cresce em Mato Grosso do Sul é acostumado com suas fronteiras. Apenas ruas separam o nosso ís de outros dois, o e a Bolívia. Essa proximidade, que aparece na gastronomia, na música, na dança, na fé e nos costumes, não é capaz de diminuir barreiras e pré-conceitos há muito estabelecidos, mas que a jornalista Hannah de Moliner, 30 anos, faz questão de desmistificar no perfil @brasileirosemassuncao.

No perfil do Instagram e no Youtube, Hannah mostra as belezas de Assunção, capital do Paraguai, cerca de 767,0 km distante de Campo Grande.

“Quando a gente foi pela primeira vez, em 2018, no Carnaval, eu não encontrava nada na internet sobre Assunção, fomos no escuro”, relembra Hannah. Ela e o marido, Kleomar Carneiro, moraram durante anos em Campo Grande, mas trocaram as terras brasileiras por Assunção, após uma paixão avassaladora pela .

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Hannah Em Assunção (Foto: Redes Sociais)

“No início, pensávamos que seria uma Pedro Juan Caballero [cidade que faz fronteira com Ponta Porã em MS], era pouca . Separamos três lugares e ainda ficamos com medo de chegar lá e nem estar funcionando sabe”, relembra. Mas, no fim, a cada esquina, uma descoberta nova, com direito a prédios históricos e uma efervescência cultural encantadora.

“O perfil nasceu faz pouco tempo. A gente de fato se mudou para Assunção e logo em seguida veio a da covid-19. Eu já tinha a ideia, mas fechou tudo e nossa vida virou de pernas para o ar, tínhamos um plano e precisamos adaptar. Há dois meses, decidi tirar a ideia da caixinha e começar a divulgar”, pontua.

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Grafites Espalhados Pela Cidade (Foto: Redes Sociais)

Segundo Hannah, ela gosta tanto de investigar a cidade que até os nativos perguntam informações para ela. “Uns amigos meus de Assunção, paraguaios, me perguntam para mim coisas daqui. Eu amo fuçar, sempre fui aquelas que quando marca uma viagem, é a rata da internet, procura tudo com antecedência, organiza os roteiros e eu sempre gostei dessa coisa de saber tudo da cidade, e eu faço isso com Assunção porque eu gosto muito daqui e acho que tem muita coisa para oferecer”, frisa.

Sobre a primeira vez que viajou para Assunção, Hannah explica que a incerteza era tamanha que ela e o marido preferiram ir de ônibus.

“A segunda vez fomos de carro e foi bem tranquilo, a gente sempre fala para todos os nossos amigos e agora no perfil, que o mais importante é ir com todos os documentos certinhos, que eles exigem, tem várias coisinhas lá, como verde, documento do carro em dia, comprovante de vacinação para febre amarela e, agora, vacina da covid, mas tendo tudo isso, é bem tranquilo, eles não vão fazer nada contra o turista e estão bem amigáveis”, indica.