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Turismo

Onça sobrevivente das queimadas impacta turismo no Pantanal: saiba mais

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A onça-pintada, batizada como ‘Ousado’, foi flagrada esbanjando beleza pelo guia de ecoturismo Ailton Lara. O vídeo gravado por ele mostra o animal nadando em um rio, nessa quarta-feira (4), no Pantanal.

A onça que, em 2020, foi atingida pelas queimadas, se tornou símbolo do ecoturismo na região.

Na legenda, o guia afirma que a onça simboliza a rica biodiversidade do Pantanal, além de representar o impacto positivo do ecoturismo na conservação da espécie, já que sua popularidade contribui para aumentar a conscientização sobre a importância de preservar seu habitat.

Ao Primeira Página, Ailton afirmou que a onça se encontra muito bem e saudável, além de ter se tornado muito importante para o bioma pantaneiro. “Ele realmente se tornou símbolo da importância do ecoturismo e da conservação do Pantanal, ajudando a educar tantos os turistas quanto as pessoas locais”, disse.

O que é ecoturismo

O ecoturismo é uma forma de turismo que tem o principal objetivo a vivência e o contato com a natureza de maneira responsável e sustentável. Visa promover a conservação ambiental, educação e conscientização ecológica, ao mesmo tempo, trazendo benefícios econômicos para as comunidades. Ou seja, o turismo é uma das principais ferramentas eficazes para a conservação da natureza.

Qual é a história de ‘Ousado’

Ailton foi quem batizou ‘Ousado’ e conta que o nome surgiu de um comportamento muito peculiar. A primeira vez que estava observando, notou que o macho, de atitude arisca, sempre que entrava na mata, voltava para chamar a onça ‘Medrosa’ que permanecia caminhando em uma praia dentro do Parque Estadual Encontro das Águas.

Lara conta que ficou impressionado com a atitude e, espontaneamente, falou: “Você não está muito ousado?”

Tempo depois, um incêndio atingiu o Parque Estadual Encontro das Águas, queimando as patas de ‘Ousado’. A onça foi resgatada pela equipe Ampara Silvestre e passou um mês em recuperação na Clínica Nex, em Corumbá.

Após a recuperação do felino, ele foi solto com um rádio colar instalado pela equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), no Pantanal, no mesmo local onde havia sido resgatado.

Com sinal de GPS e VHF, o objetivo era que a onça ficasse com o colar por 400 dias para acompanhar sua movimentação. No entanto, o sistema não funcionou, e ‘Ousado’ carrega o colar até hoje. Apesar de não comprometer a movimentação, o colar já está quase caindo, e a expectativa é que ele caia ainda este ano.

Sobre Ailton Lara

O cuiabano, guia do Pantanal e fundador da Pantanal Jaguar Camp, Ailton Lara, cresceu trabalhando em terras pantaneiras. Formado em Gestão Ambiental, trabalha com turismo no bioma há mais de duas décadas, especialmente com onças.

Especializado no público internacional, seu trabalho é voltado para a conservação da natureza através do turismo, acreditando que é possível gerar um impacto positivo para a preservação do Pantanal, promovendo o bem-estar para as pessoas e animais.

Além do turismo, leva alunos de escolas para o Pantanal, onde podem ver e observar a natureza de perto. Ele também é palestrante com foco em educação ambiental, buscando incentivar os jovens a acreditarem em seu potencial de viver a importância do trabalho com a natureza para a conservação do nosso patrimônio natural.

Fonte: primeirapagina

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