Em 2025, um novo museu deve permitir que os moradores de Roterdã reflitam sobre a diversidade cultural de seus habitantes. O FENIX, dedicado a exposições de arte sobre imigração, será inaugurado em 16 de maio na orla de Katendrecht, de onde holandeses partiam em direção ao Canadá e aos Estados Unidos e onde estivadores da China, marinheiros de Cabo Verde e músicos de jazz do Suriname desembarcaram no século 19.
O prédio ocupa um armazém de 1932, que já foi o maior do mundo e era utilizado pela linha de transporte de carga e passageiros Holland America. O espaço de 16 mil m² está sendo reformado para abrigar o museu desde 2020.
O que mais chama a atenção no edifício é uma estrutura em seu topo, chamada de Tornado. Por dentro, são 336 degraus em uma escada de 550 metros que levam ao ponto mais alto do prédio, a 30 metros do solo, com vista de 360 graus do skyline de Roterdã.
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A exposição inicial, chamada de All Directions, terá 150 obras adquiridas nos últimos seis anos de mais de cem artistas, como Honoré Daumier, Max Beckmann a Alfred Stieglitz. Objetos que representam histórias de pessoas que cruzam fronteiras, são forçadas a abandonar seus lares e encontram novas casas também foram selecionados – um dos artefatos mais inusitados é um pedaço de três metros do Muro de Berlim.
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Uma das obras é The Bus: em 1995, o artista Red Grooms, conhecido por suas criações de pop-art, criou um ônibus com passageiros em tamanho real feitos de tecido. Outra é a escultura Space Refugee, de Omar Imam, que representa um pai e filha carregando um grande pirulito azul. O artista expande a ideia de um lar e não o associa a um lugar específico, mas sim a circunstâncias em que está junto de sua filha.
The Family of Migrants é a segunda exposição que será inaugurada em maio de 2025. A mostra reúne o trabalho de 136 fotógrafos de 55 países, como Fouad Elkoury, Dorothea Lange, Steve McCurry, Yasuhiro Ogawa, Emin Ozmen, que documentaram o tema da migração.
O museu terá uma seção para exibir documentos antigos, como o passaporte Nansen, que era emitido para apátridas depois da Primeira Guerra Mundial e ficaram conhecidos como os primeiros passaportes de refugiados. Duas mil malas doadas também fazem parte do acervo do museu, que contará histórias de migrantes a partir de suas bagagens.
Fonte: viagemeturismo