Após derrota na Justiça, o presidente da MT Par, Ener dos Santos, diz que o Governo de Mato Grosso não vai desistir da administração do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. A concessão foi vencida pela Parques Fundo de Investimento em Participações (FIP) em Infraestrutura. Entretanto, o governo considera os investimentos irrisórios e quer administrar o local com a promessa de triplicar os investimentos prometidos.
, por meio da MT Participações e Projetos S/A (MT Par), contra o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) pela concessão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. A decisão é do juiz federal Pedro Francisco da Silva.
“Não vamos desistir. É uma luta do Governo do Estado. Sabemos o quanto o povo vai sofrer. Há uma possibilidade de pagar até R$ 100 (por pessoa) pra poder usufruir do parque. Isso é inaceitável! O governo está lutando muito para que isso não aconteça”, disse o presidente.
De fato, o Governo de Mato Grosso está se articulando em Brasília para tentar barrar a assinatura de contrato da União com a vencedora da licitação. O governador Mauro Mendes (União) tem se empenhado pessoalmente para tentar resolver a questão.
“O presidente Lula se mostrou aberto a essa parceria com o governo Mauro Mendes. Mandamos toda a documentação provando que o melhor a ser feito é repassar a administração ao Governo do Estado, assim como a BR-163”, disse.
Concessão
Os serviços turísticos no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães passarão a ser responsabilidade de uma empresa privada. Em dezembro, a empresa Parquetur venceu a disputa. A empresa foi a única habilitada e ofereceu R$ 1.009.000,00 de outorga fixa, ou seja, valor que irá pagar para ter o contrato de concessão. O governo estadual, por meio do MT Par (MT Participações e Projetos S/A) participou do leilão com uma proposta, mas foi desclassificado.
O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) continua responsável pela gestão e fiscalização do cumprimento do contrato. Além de realizar o monitorando a biodiversidade, o manejo integrado do fogo e desenvolvimento de projetos de educação ambiental.
Criado há 33 anos, o parque tem pouco mais de 32 mil hectares e atrai visitantes pelas belezas naturais. Abriga espécies nativas do cerrado, algumas ameaçadas de extinção e sítios arqueológicos.
O Parque é dono de paisagens únicas e abriga sítios arqueológicos que ajudam a contar o povoamento da região. Em 2000, foi declarado como Reserva da Biosfera do pantanal.
A proximidade com Cuiabá também torna a unidade atrativa para a visitação. Em 2019, o Parque recebeu mais de 180 mil visitantes, figurando dentre os parques nacionais mais visitados no país.
Fonte: primeirapagina