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Turismo

Itália e Eslovênia: Capitais Culturais da Europa em 2022

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Em 2025, dois países dividirão o título de capital cultural da Europa. As cidades fronteiriças de Nova Gorica, na Eslovênia, e de Gorizia, na Itália, foram designadas para receber o título dado anualmente pela União Europeia e serão a primeira capital cultural bi-nacional desde a criação da honraria, na década de 1980.

A escolha pelas duas cidades têm um motivo: elas já foram a mesma cidade! Acontece que, ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1947, com o Acordo de Paris e o retraçado das divisas europeias, a cidade de Gorizia foi repartida, e sua metade menos desenvolvida foi cedida à antiga Iugoslávia. E é essa metade que hoje constitui a Nova Górica.

Com a cortina de ferro e o alinhamento da Iugoslávia à União Soviética, as cidades permaneceram isoladas uma da outra por décadas (mesmo com o passado conjunto). A situação só começou a mudar com a dissolução da Iugoslávia e, posteriormente, com a entrada da Eslovênia na União Europeia, em 2004, que permitiu o dissolvimento da fronteira entre Nova Gorica e Gorizia mais de 50 anos após a separação das duas.

O projeto conjunto de abrigar a capital cultural da Europa, no ano que vem, chama-se GO!25 e é a primeira vez que dois países dividirão a mesma capital — em diversas outras ocasiões, houve capitais de diferentes países que dividiram a honraria, mas nunca sob um mesmo projeto.

As cidades esperam receber entre dois e cinco milhões de visitantes em 2025 — normalmente, 250 mil turistas visitam a região anualmente. Para celebrar a conquista e receber esse bocado de gente, as cidades-irmãs prepararam um farto calendário cultural com eventos musicais, dança e exibições de arte, entre outras atividades.

O título de capital da cultural da Europa foi criado na década de 1980 pela União Europeia a fim de valorizar diferentes cidades pelo continente e suas respectivas culturas. O título ajuda as cidades atraindo turistas e as tornando conhecidas de um público maior.

Nos últimos anos, a comissão que elege as capitais vem designando dois projetos diferentes para receberem o título. Em 2025, além das irmãs do projeto GO!25, a cidade alemã de Chemnitz foi a escolhida.

O que fazer em Gorizia e Nova Gorica?

Em Gorizia, a maior atração é a própria cidade: as ruas e edificações medievais transportam o visitante para um outro tempo e não escondem as influências e mudanças sofridas pelas guerras, imigração de povos eslavos e mesmo pela separação entre as duas metades da cidade.

O ponto alto desta rica história é, certamente, o Castelo de Gorizia. O monumento, que ocupa justamente a colina que divide a Itália da Eslovênia, passou por uma restauração que lhe devolveu os aspectos do século XIV — apesar de sua construção original datar do século XI — e abriga, no seu inteirior, o Museo del Medioevo goriziano, que exibe artigos originais do período.

Próximo ao castelo, funciona ainda o complexo dos museus provinciais de Gorizia. Os mais importantes são o Museo della Moda e delle Arti applicate, dedicado à história da moda e da produção têxtil e o Museo della Grande Guerra, um dos mais importantes museus dedicados à história da Primeira Guerra Mundial.

A cidade conta ainda com a Pinacoteca do Palácio Attems, que apresenta uma importante coleção de arte num dos principais palácios neoclássicos da cidade e a Igreja de Santo Inácio, um monumental templo católico ligado à ordem dos jesuítas.

Já em Nova Gorica — a mais nova das duas cidades – as atrações principais são os cassinos, o Mosteiro de Kostanjevica, e o Castelo de Kromberk, uma das edificações medievais do lado esloveno da região.

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Fonte: viagemeturismo

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