Espaço com exposições de fotografia, cultura e arte visual, o Fotografiska já possuía galerias em Nova York, Tallinn e Estocolmo. Em 14 de setembro, ele passou a ter uma sede em Berlim – em um edifício no bairro de Mitte cheio de história.
Construído entre 1907 e 1908, ele era inicialmente uma loja de departamentos. Durante a Segunda Guerra Mundial, o espaço passou a ser utilizado como uma prisão nazista. O prédio ficou abandonado por um tempo, mas depois da Queda do Muro de Berlim em 1989 ele foi tomado por artistas que passaram a chamá-lo de “Tacheles”, que em iídiche significa algo como “papo reto”.
O edifício passou a abrigar estúdios de arte, cinema, bar e casa de shows, tornando-se um símbolo da criatividade de Berlim. Até que em 2012, após uma longa batalha judicial, os artistas foram despejados dali, sob a promessa de que o edifício seria utilizado para promover a arte e a cultura.
De lá para cá, o prédio foi reformado para receber o Fotografiska, uma decisão que não agradou a todos porque trata-se de uma instituição que visa o lucro, ao contrário da ocupação anterior.
Os grafites que cobrem as paredes foram mantidos, honrando as heranças da era Tacheles, mas o prédio ganhou padaria, restaurante e bar no rooftop, além de complexo com apartamentos de luxo e shopping center.
São três as exposições inaugurais do Fotografiska. “Nude” reúne obras de artistas mulheres que exploram o retrato da nudez na arte e desafiam as regulações impostas ao corpo. “Ussyphilia” exibe o trabalho de Juliana Huxtable como artista multimídia. Já “White”, da artista Candice Breitz, é uma exposição de vídeos sobre raça e representatividade.
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Serviço
O Fotografiska Berlin fica a poucos passos da estação de metrô Oranienburger Tor. Ele abre diariamente, das 10h às 23h. Os ingressos variam entre € 14 e € 16, de acordo com o dia da semana.
Fonte: viagemeturismo