Exposição na Royal Academy of Arts destaca o Modernismo Brasileiro em Londres

Mais de um século depois da semana de arte moderna, em São Paulo, o movimento modernista brasileiro continua atraindo olhares pelo mundo. Acaba de entrar em cartaz na Royal Academy of Arts, em Londres, a exposição “Brasil! Brasil! O Nascimento do Modernismo” com 130 obras de artistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Volpi entre outros expoentes do movimento. A mostra, organizada pela academia real britânica e pelo Zentrum Paul Klee, uma instituição suíça, permanecerá até 21 de abril.

Abrangendo um período que vai de 1910 a 1970, as obras expostas fazem parte de um panorama do que foi a expressão brasileira da arte moderna. De acordo com os organizadores, durante o século XX, “os artistas brasileiros estavam adaptando tendências contemporâneas, influências internacionais e tradições artísticas para criar um novo tipo de arte moderna; arte esta influenciada pelas culturas vibrantes, identidades e paisagens do Brasil”.

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O modernismo à brasileira é praticamente novidade para o público britânico. A maioria das obras vem de coleções particulares, que pouco foram expostas, ou de acervos públicos. Em 1944, a própria Royal Academy já havia sediado uma exposição dedicada inteiramente à arte brasileira — mas, vale lembrar, a atual exposição abrange obras que, àquela época, sequer haviam sido realizadas.

A intenção da exposição é trazer ao público britânico uma visão expandida do modernismo brasileiro apresentando o trabalho de artistas que, historicamente, receberam menos atenção no Reino Unido, incluindo Anita Malfatti, precursora do movimento, e Tarsila do Amaral, internacionalmente reconhecida como a mulher que liderou o modernismo brasileiro. A mostra inclui, também, artistas autodidatas como Alfredo Volpi e Djanira da Motta e Silva, uma artista de descendência indígena, o artista afro-brasileiro Rubem Valentim e o performático Flávio de Carvalho.