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Turismo

Exposição da História da Motocicleta em São Paulo: Farol Santander oferece experiência única

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Está em cartaz no Farol Santander, centro de cultura, lazer, turismo e gastronomia, em São Paulo, a exposição Duas Rodas e Uma Nação, que conta a história da paixão brasileira pela motocicleta. Do surgimento do veículo e das competições no país até a atualidade, são mais de 120 anos de memórias, um pouco de nostalgia e muita evolução. A mostra fica em exibição nos andares 20º e 19º e no hall do arranha-céu até 9 de março de 2025.

Os exemplares vão desde as primeiras bicicletas com motor, que rapidamente perderam os pedais e receberam motores cada vez mais potentes e maiores, e segue com motos e objetos que retratam mais de 100 anos de história da motocicleta no país.

Além dos próprios veículos, uma vasta coleção de documentos e retratos de época, de quem vivenciou as mudanças, bem como lembranças e recortes de uma rica história deixada por aqueles que já se foram integram a mostra.

Para montar tal acervo, foi feita uma compilação de acervos familiares, fatos históricos e a seleção das mais importantes coleções de motos do país, antes guardadas a sete chaves, e que agora estão ao alcance de todos.

A mostra aborda ainda a trajetória de grandes nomes do nosso motociclismo: Alex Barros, André Azevedo, Denísio Casarini, Edgard Soares, Jorge Negretti, Moara Sacilotti, Nivanor Bernrdi, Rafael Paschoalin, Walter Tucano Barchi, além da família Carmona e os irmãos Tognocchi, e tantos outros que foram fundamentais para que a categoria se expandisse e ganhasse o mundo.

Os visitantes poderão, ainda, interagir com recursos multimídia, núcleos imersivos e sensoriais, como as instalações que simulam a partida de uma motocicleta e uma experiência única com vista de dentro de um motor em funcionamento, além de espaços para fotografias, exibição de filmes e uma projeção 360º.

Veja abaixo os destaques de cada setor da exposição.

Destaques 20º andar – Uma viagem (de moto) pela história

Largamente vistos em filmes de época, como parte da indumentária básica do motociclista, os visitantes se deparam com alguns capacetes inusitados. Como uma touca de algodão do início do século XX e um gorro em pelo com óculos de cristal, ambos acessórios utilizados para pilotar em um tempo em que sequer existia legislação ou normas quanto ao assunto. Bota e capacete utilizados na conquista de Edgard Soares em Buenos Aires (Argentina) em 1950, um quadro com numeral costurado à mão por sua esposa, e ainda a foto de mais uma vitória em 1953.

Integram a mostra neste andar as motocicletas europeias: Royal Enfield Origen (1901), Alcyon (1908), Triumph P (1928), BMW R 16 (1930), Norton M 30 (1936), Norton Manx (1950), Matchless G80 (1948), Monark Jawa (1957). Também algumas motonetas, como os modelos Lambretta e Vespa M40. E aind uma atração imersiva com projeção 360º, que simula a partida de uma motocicleta.

A chegada das motocicletas ao Brasil é um capítulo intrigante e ainda pouco explorado de nossa história automobilística. Embora muito se saiba sobre a introdução dos primeiros automóveis, inclusive pelos esforços da família Santos Dumont, a trajetória das motocicletas envolve um pouco mais de mistério. Nos primeiros anos do século XX, registros do desembarque de motocicletas no país surgiam nas seções de classificados de jornais, reflexo de uma sociedade que já via a novidade com certo fascínio, mesmo que ainda não formalizada. As motos chegavam importadas, eram vendidas usadas e não havia um comércio estabelecido.

Ao longo da história, a motocicleta no Brasil se transformou de objeto de luxo, em símbolo de cultura e resistência popular, com exemplares preservados por colecionadores e entusiastas que mantêm viva a memória dos pioneiros e de suas máquinas.

Destaques 19º andar – o paraíso da competição e um mercado em transformação

Quando a competição surgiu — e dizem que a primeira corrida aconteceu assim que a segunda moto foi criada—, os ídolos do motomobilismo surgiram junto. No Brasil, existem ícones imortais, cujas histórias o público poderá conhecer.

Estarão na exposição: motores de 2T e 4T, a combustão ou em uma moto mais “futurística” dotada de motor elétrico; modelos on e off road, dos tempos em que a velocidade máxima de algumas delas é facilmente atingida apenas na primeira marcha dos modelos atuais; as Yamaha TZ 350 (1976) – Adu Celso, TZ 750 – Edmar Ferreira, TZ 250 Daytona, TZ 350 — Lucilio Baumer; Yamaha MX 250 – Nivanor Bernardi e a Yamaha YZF 450 Rally Sertões (2022) – Moara Sacilotti. Vale mencionar as Honda CB 550 Fórmula G, CB 750 K0, Honda RCB 1000, Honda CG 125 FH (1978) e Honda CG 150 – a moto do boy.

Contrastando com tantos modelos clássicos, estará em exposição a Honda CBR 1000 RR-R, moto utilizada atualmente por Eric Granado, além de macacão, capacete, bota e troféu do piloto nas competições FIM MotoE e SuperBike Brasil.

Serão exibidos, também, um grande acervo de capacetes que, lado a lado, oferecem um panorama da evolução dos acessórios de segurança, que inclusive já foram item opcional no passado; macacão utilizado pelo piloto Alex Barros ainda criança (1978); troféu Netinho Daytona (1983); placas da primeira participação e primeira vitória brasileiras no Dakar, respectivamente em 1988 e 1991; capacete e troféu de Santo Feltrin e Birigui, conquistado na prova 12 Horas de Brasília; e equipamentos utilizados na primeira participação de André Azevedo no Rally Dakar.

Também estará exposta uma obra que representa a parte interna de um motor, mostrando seu funcionamento visto por dentro, incluindo sons e vibração, em uma experiência sensorial para os visitantes interagirem.

Serviço

Onde? Rua João Brícola, 24 – Centro (Estação São Bento, da Linha 1 – Azul do metrô)

Quando? Até 9 de março. De terça-feira a domingo, das 9h às 20h.

Quanto? R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia-entrada. Cliente Santander tem 10% de desconto comprando com o cartão Santander (até 8 ingressos). É possível comprar na bilheteria local ou pelo site.

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Fonte: viagemeturismo

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