Com o pedido de recuperação judicial feito pela 123 Milhas, tudo muda. Mas, calma, o Primeira Página te ajuda a entender o que acontece agora. Conversamos com uma especialista em recuperação judicial e explicamos o que ocorre para que você tome a melhor decisão.
O Primeira Página conversou com a advogada Lindyellen Magalhães para auxiliar os clientes que compraram pacotes com a empresa e não vão viajar.
Segundo ela, com a 123 Milhas em recuperação judicial, a melhor saída é conversar com seu advogado e analisar se a melhor alternativa seria ingressar com uma ação de obrigação de fazer. Assim, a empresa poderia ser obrigada pela Justiça a emitir suas passagens aéreas.
“A empresa seria obrigada a entregar essas passagens que eles venderam. Vale lembrar que, mesmo com a recuperação judicial, a empresa continua exercendo suas atividades, ela não para de funcionar, só suspende a obrigação de efetuar o pagamento das dívidas”, disse.
Caso a situação piore e a empresa decrete falência é um outro caso.
“A empresa para totalmente, ou seja, acaba a operação. Com isso, todos os clientes que adquiriram essas passagens e/ou pacotes vão buscar entrar para a lista de credores, ou seja, será apurado quanto a empresa deve para cada um. Neste caso, será preciso entrar com uma ação judicial para apurar o crédito do cliente. Em seguida, eles entram na lista de credores. Essa lista segue uma sequência. Primeiro, as verbas alimentares e depois os quirografários, que são os casos desses passageiros”, disse.
Recuperação judicial
A 123 Milhas anunciou no dia 18 de agosto a suspensão das vendas de passagens e viagens da linha Promo, que focava em ofertas e promoções de passagens aéreas e pacotes de viagens.
Em 1° de setembro, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, buscando reestruturar suas finanças em meio a desafios operacionais e jurídicos.
Fonte: primeirapagina