É provável que você se lembre das aulas de história: um marco das Grandes Navegações foi quando o português Bartolomeu Dias conseguiu passar pelo Cabo da Boa Esperança, fazendo a travessia entre os oceanos Atlântico e Índico, em 1488.
Até então, o lugar era chamado de Cabo das Tormentas porque diversos navios tinham falhado ao tentar ultrapassar esse ponto por conta das marés revoltas e das tempestades.
Embora muitos creditem ao Cabo da Boa Esperança o título de lugar mais ao sul da África, essa informação é incorreta: o local mais austral do continente é o Cabo Agulhas, que fica a 150 km de distância dali.
Fato é que o Cabo da Boa Esperança está a cerca de 60km do centro da Cidade do Cabo e faz parte do Parque Nacional da Table Mountain. A entrada custa 400 rands (cerca de R$ 131; consulte a cotação do dia).
Uma vez dentro do complexo, uma placa que sinaliza o local exato do Cabo da Boa Esperança é parada incontornável para fotos. Mas a dica é seguir de carro (dez minutos) ou a pé (trinta minutos) para Cape Point, onde há estrutura de banheiro, café e loja de lembrancinhas.
De lá parte uma trilha de menos de um quilômetro, mas bastante íngreme, até um antigo farol (o percurso também pode ser feito a bordo de um funicular por 95 rands). A recompensa é uma vista espetacular para o mar.
Quem tiver fôlego pode continuar caminhando por mais um quilômetro até chegar próximo do novo farol (sem opção de funicular). Outra atração é a praia Diaz, entre o Cabo da Boa Esperança (1,2km de trilha) e o Cape Point (700m de trilha), com boas ondas para surfistas. Mas atenção: a água é gélida.
Fazer um piquenique não é recomendado porque o parque é habitado por babuínos, que são atraídos por comida e podem ficar violentos.
Como encaixar o Cabo da Boa Esperança no roteiro
A caminho do Cabo da Boa Esperança, vale passar pela Chapman’s Peak Drive, uma estrada sinuosa que faz 111 curvas na encosta da montanha, 250 metros acima do mar.
Já na viagem de volta para a Cidade do Cabo, uma opção é fazer paradas em praias como Boulders Beach, habitada por pinguins-africanos, e Muizenberg, point de surfistas famosa pelas casas de madeira coloridas na areia.
O sentido inverso também funciona: você pode ir primeiro para as praias, depois para o Cabo da Boa Esperança e voltar pelo Chapman’s Peak Drive.
O passeio pode ser feito em carro alugado ou em tours guiados, que também costumam combinar o Cabo da Boa Esperança com Chapman’s Peak Drive ou as praias.
Fonte: viagemeturismo