Para os japoneses, as montanhas simbolizam a morada dos deuses e o local onde o homem se encontra com o divino. O Monte Fuji, não por acaso, é um dos principais cartões-postais do Japão.
O vulcão ativo, que se formou a cerca de 100 mil anos, fica entre as províncias de Shizuoka e de Yamanashi, a quase duas horas de carro de Tóquio. Considerado Patrimônio Mundial da Unesco, o Monte Fuji possui 3 500 metros de altura e o seu topo pode ser observado desde a capital japonesa nos dias mais limpos. Para chegar até lá, porém, é preciso encarar algumas trilhas. Essa é maneira tradicional de explorar a montanha mais alta do arquipélago japonês, mas não a única.
O Monte Fuji também pode ser visto de outros ângulos em atividades que não envolvem escaladas, algumas, inclusive, bastante inusitadas. Veja, a seguir, seis formas de conhecer o Monte Fuji recomendadas pela organização Nacional do Turismo Japonês (JNTO) para inspirar futuras viagens ao Japão:
1. Pelas trilhas que levam ao topo
O verão é a época ideal para escalar o Monte Fuji, que por esse motivo fica aberto para excursionistas entre os dias 1º de julho e 31 de agosto. As trilhas recebem 300 mil montanhistas todos os anos e, embora não seja preciso ser alpinista para subir ao topo, é importante estar em boas condições físicas. Para chegar ao cume a tempo de contemplar o nascer do sol, a dica é fazer o trajeto em dois dias, com pernoite em uma cabana no meio do caminho e finalizando a caminhada logo nas primeiras horas da manhã seguinte. Vale dizer que, mesmo em pleno verão, a temperatura lá no alto varia entre 5°C e 8°C.
A jornada começa na Estação Shin-Fuji, em Shizuoka, de onde partem transportes para as quatro trilhas abertas ao público. Cada uma tem suas peculiaridades, mas todas cobram uma taxa de admissão de mil ienes e são divididas em 10 estações. Os trajetos podem ser fechados por causa do mau tempo. No topo, uma agência de correios permite enviar cartões-postais com selos autenticados do Monte Fuji. Veja os detalhes das trilhas a seguir:
Yoshida (6h de subida + 3h de descida) – É a mais popular porque tem o melhor acesso para quem vem de Tóquio e o maior número de cabanas para pernoitar. A desvantagem é que pode ficar extremamente lotada na alta temporada, finais de semana e feriados.
Fujinomiya (5h de subida + 2h30 de descida) – Não se deixe enganar pela duração da trilha: apesar de ser mais curta que a Yoshida, a Fujinomiya é mais íngreme e exige mais fisicamente.
Subashiri (5h a 7h de subida + 2h30 a 4h de descida) – A trilha já começa dois mil metros acima do nível do mar e se encontra com a Yoshida na 8ª estação. É uma ótima opção para contemplar o nascer do sol, já que todo o caminho é voltado para o leste. O ponto negativo é que, por ser menos frequentada, oferece menos opções de alojamentos.
Gotemba (7h a 10 de subida + 3h a 5h de descida) – A suave inclinação acaba afugentando a maior parte dos alpinista. Resultado: essa é a trilha com menor fluxo de pessoas e quantidade de cabanas para pernoite.
2. Nos locais sagrados aos pés da montanha
Na base do Monte Fuji há uma série de santuários e templos budistas, cercados por cedros milenares, onde são realizados cerimônias para marcar o início da temporada de escaladas. Um desses locais sagrados é o Kitaguchi Hongu Fuji Sengen-jinja, na cidade de Yamanashi, que fica a uma hora e meia de carro de Tóquio. O lugar possui um valor histórico e religioso porque foi lá que, durante a Era Edo, os seguidores da fé Fujiko iniciaram subidas à montanha. O ponto de partida foi justamente o pórtico Fujisan Otorii, que fica atrás do santuário.
3. Explorando suas cavernas
Como resultado da sobreposição de várias erupções vulcânicas, diversas cavernas se formaram nos arredores do Monte Fuji. Algumas delas podem ser visitadas, como é o caso da Caverna de Gelo de Narusawa, no coração da Floresta de Aokigahara, em Yamanashi. A caverna de 21 metros de profundidade tem temperaturas em torno dos 0°C mesmo no verão, mas o período mais interessante para visitá-la é no inverno, quando há garantia de estalactites e estalagmites de gelo, algumas com 30 metros de comprimento. Outro local que merece ser explorado é a Caverna de Vento, cujas paredes a 200 metros de profundidade absorvem o som, não emitindo qualquer eco.
4. Embarcando em um montanha-russa
A Takabisha, uma das montanhas-russas mais íngremes do mundo, tem uma vista singular para o Monte Fuji. A atração faz parte do parque temático Fuji-Q Highland, onde também há brinquedos aquáticos, carrossel, xícaras-giratórias e roda-gigante, entre outras atrações menos radicais. O complexo fica na cidade de Fujiyoshida, a pouco mais de uma hora de carro de Tóquio, e possui ainda o hotel Highland Resort & Spa.
5. Na companhia de animais em um safári
Na cidade de Susono, a uma hora e meia de carro de Tóquio, é possível admirar o Monte Fuji durante um passeio entre animais selvagens. O Parque Safári de Fuji é um santuário de espécies africanas, como zebras, leões, girafas e elefantes, criadas em liberdade. O “safári” pode ser feito a pé, de ônibus, de carro próprio ou alugado no local.
6. Da região dos Cinco Lagos de Fuji
Os Cinco Lagos de Fuji – Yamanakako, Kawaguchiko, Saiko, Shojiko e Motosu – ficam aos pés da face norte da montanha, na província de Yamanashi. O programa ali é fazer passeios de barco, pescar, praticar windsurfe ou esqui aquático e fazer caminhadas, tudo com o principal cartão-postal do Japão ao fundo. Por motivos óbvios, o lugar acontece principalmente no verão, quando os hotéis e pousadas ficam cheios. Saindo de Tóquio, o trajeto até lá dura uma hora e meia de carro e pouco menos de duas horas de trem.
window.NREUM||(NREUM={});NREUM.info={“beacon”:”bam.nr-data.net”,”licenseKey”:”a715cdc143″,”applicationID”:”707156786″,”transactionName”:”YF1WYRNXWxJZABFRVlkXdVYVX1oPFxAMVl5bXQ==”,”queueTime”:0,”applicationTime”:446,”atts”:”TBpBF1tNSE0aAkcCQkpF”,”errorBeacon”:”bam.nr-data.net”,”agent”:””}
Fonte: viagemeturismo