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Turismo

Descubra por que as águas do litoral gaúcho estão marrom-escuras

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A cena é uma velha conhecida dos gaúchos que visitam as praias do próprio estado no verão, mas sempre causa estranheza nos visitantes de outros lugares: em alguns dias, o mar do Rio Grande do Sul fica marrom – ou, como apelidam os locais carinhosamente, vira um “chocolatão”.

Apesar de causar desagrado ao olhar, vale esclarecer logo de cara: as águas amarronzadas do litoral gaúcho não ficam assim por causa de poluição ou esgoto, e a alteração de cor não afeta a balneabilidade.

Trata-se de um processo natural que envolve algas, sedimentos e o regime de ventos que atinge especificamente o estado mais meridional do Brasil, gerando o efeito que, mesmo sem ser exatamente bonito, acabou virando uma “marca registrada” de suas praias.

O que deixa o mar gaúcho com cor de chocolate?

O principal motivo para o chocolatão é a presença de algas do gênero Asterionellopsis, que ganham essa coloração escura quando se aproximam da superfície, como consequência das ondas.

Mas, embora essas algas sejam endêmicas do litoral do Rio Grande do Sul, elas nem sempre provocam esse efeito. Sua presença é acentuada após períodos de mais chuva e quando há muito vento nordeste, carregando de volta para o litoral uma série de sedimentos (que incluem nutrientes e as próprias algas), despejados no oceano pelos vários estuários que ficam nos arredores.

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O mar “chocolatão” do litoral gaúcho já é presença confirmada quando o verão chega. Mas afinal, por que ele fica marrom? A gente te explica! 🌊☀️ #TikTokNotícia #litoralgaúcho #Mar #litoral #Praia #Verão #verão2023 #banhodemar #RioGrandeDoSul #Notícias #Jornalismo

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A Lagoa dos Patos, o gigantesco corpo d’água com saída para o mar que você vê no mapa gaúcho, é a principal responsável por liberar no Atlântico esses sedimentos. Mas, dependendo do regime de ventos e chuvas, o que sai pelo Rio da Prata também influencia no surgimento do chocolatão.

Em dias em que o fenômeno é mais presente, a turbidez da água pode ser tanta que mesmo em pontos rasos da praia os banhistas não conseguem enxergar os próprios pés. Por outro lado, o chocolatão não dura para sempre – após alguns dias sem chuva ou vento nos arredores, a tendência é que as águas voltem a ficar claras, mas nunca chegam a atingir os azuis como os da vizinha Santa Catarina.

Quando o mar fica marrom?

As águas podem ganhar a tonalidade marrom a qualquer momento, mas o chocolatão é mais comum em períodos de chuva mais intensa. No Rio Grande do Sul, anos de El Niño – como o último – têm mais episódios de precipitação, aumentando a chance de presenciar essa alteração nas águas.

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Fonte: viagemeturismo

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