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Turismo

Descubra os melhores lugares para fazer exercícios físicos em Roma

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“Mens sana in corpore sano”, diziam os antigos romanos. Além de sábias e grandiloquentes expressões, ainda bem, eles deixaram para os romanos modernos uma cidade cheia de parques e áreas arborizadas, em que é possível praticar esportes ao ar livre enquanto a visão periférica passeia por 2 mil anos de história.

São lugares como o Parco di Villa Ada enfeitado por uma linda lagoa e com o maior perímetro para corridas da cidade. Antiga residência dos reis da Itália, a família Savoia, o Villa Ada tem vários percursos para esportistas – o mais curto com 720 metros de extensão, o mais longo com 4,5 quilômetros. É um ótimo lugar para andar de bike ou para jogar bola nos gramados perfeitos.

Villa Ada, Roma, Itália
“No Centro de Roma, a Villa Ada é um parque enorme, com trilhas no meio das árvores. Nos domingos de sol, os piqueniques por aqui são encantadores.” — Alessandro Pezza, engenheiro (Jcestepario/Wikimedia Commons)

Ou como o charmoso Parco di Villa Borghese, onde uma turma fitness mais chique se esforça pra manter os cabelos em ordem ou ensaia selfies. Na região central de Roma, o Villa Borghese é repleto de monumentos e obras de arte que podem ser admirados entre um exercício e outro. Ah… Se for até lá, entre pelo pórtico monumental da Praça San Paolo del Brasile – homenagem dos romanos à cidade mais italiana do Brasil.

Piazzale Napoleone, Villa Borghese, Roma, Itália
Piazzale Napoleone, na Villa Borghese (Gabriella Clare Marino/Unsplash)

Enfim, a oferta de áreas verdes em Roma é respeitável. Mas o melhor lugar da cidade para praticar esportes é o Parco degli Acquedotti, na Via Appia Antica. É um dos maiores parques urbanos da Europa, com mais de 240 hectares, em que a história e a natureza se juntam há séculos.

Ali é possível caminhar, correr ou pedalar entre as ruínas dos aquedutos – é um lugar tão fotogênico que aparece em uma penca de filmes, como La Dolce Vita e A Grande Beleza ou a série Rome. O percurso é plano, fácil de encarar, e há quadras de futebol, tênis, rúgbi e golfe. Nos últimos anos, o Parco degli Acquedotti virou point dos runners da Europa. Se for num dia de sol, leve boné – o local tem muitas áreas sem sombra. 

Parco degli Acquedotti, Roma, Itália
Parco degli Acquedotti (Gabriele Costetti/Wikimedia Commons)

Fora dos muros antigos, no bairro Gianicolense, a Villa Doria Pamphilj tem mais de 2 quilômetros de área verde com várias opções de treino, graças aos equipamentos públicos instalados perto da entrada da Via Vitellia. Há armários para guardar bolsas e banheiros públicos com duchas. Depois dos exercícios, dá pra desacelerar admirando obras de arte. Entre elas, a Fonte do Cupido e o Jardim Secreto, ambos próximos da entrada.

Jardim Secreto, Villa Doria Pamphilj, Roma, Itália
O Jardim Secreto na Villa Doria Pamphilj (Burkhard Mücke/Wikimedia Commons)

Corredores mais experientes vão ao Parco di Villa Glori, que fica no charmoso bairro de Parioli e é famoso pelas subidas de 100 metros superacentuadas, usadas nos treinos do campeão italiano de atletismo Pietro Mennea, medalha de ouro nos 200 metros nas Olimpíadas de Moscou. O parque foi aberto nos anos 1920 em memória dos mortos italianos na Primeira Guerra Mundial.

É um cenário meio onírico, com pinheiros, carvalhos e oliveiras meticulosamente alinhados, esquilos passando pra lá e pra cá, pôneis que podem ser alugados para um passeio e obras de artistas contemporâneos, como Uncini, Canevari, Castagna, Dompè e Staccioli.

Os amantes de história moderna precisam ir ao Parco di Villa Torlonia. No centro do maravilhoso parque, fica a mansão em estilo neoclássico que foi residência oficial de Benito Mussolini – onde é possível visitar o bunker que ele mandou construir para se proteger dos bombardeios na Segunda Guerra Mundial.

Villa Torlonia, Roma, Itália
Residência do ditador italiano, Benito Mussolini, entre 1925 e 1943 (Lalupa/Wikimedia Commons)

O percurso passa por dois obeliscos egípcios, levados até a cidade no Império Romano, pelo Templo de Saturno ao Teatro e pela interessante Casina delle Civette (ou “Casinha das Corujas”), antiga residência particular e hoje um museu de vitrais.

Villa Torlonia, Roma, Itália
Templo de Saturno, em Villa Torlonia (Warburg/Wikimedia Commons)

Mas, no perímetro urbano, também há lugares inesquecíveis para respirar história e  exercitar o corpo. O mais sensacional é a Lungotevere, avenida às margens do Rio Tibre. Moradores e turistas andam, correm ou pedalam por ali, sem perder nada dos palácios no Centro de Roma.

Aqui ai o percurso mais indicado para admirar a cidade: saia da Ponte Milvio, na Lungotevere Maresciallo Diaz, vá até a Ponte Garibaldi, na encantadora Isola Tiberina, passe na frente do Foro Itálico, do Castel Sant’Angelo e do Palazzaccio, depois admire a Basílica de São Pedro. Volte pelo outro lado da Lungotevere, passe em frente ao Ghetto Ebraico e ao Ministério da Marinha. São cerca de 7 quilômetros na ida, outros 7 na volta.  

Stadio dei Marmi, Itália, Roma
“O Stadio dei Marmi é ótimo para andar de patins ou correr, cercado de história romana. É uma das instalações do complexo esportivo do Foro Itálico, e está cercado de impressionantes estátuas de mármore.” — Alessandro Pezza, engenheiro (Simone Ramella/Wikimedia Commons)

Evocando o clima das quadrigas romanas, estilo Ben-Hur, o Anel do Circo Massimo, cenário de antigas competições, é ponto de encontro de corredores. Cercado de ruínas de palácios imperiais, tem fácil acesso graças ao metrô (estação Circo Massimo).

No  centro histórico, há pontos onde se pode alugar bicicleta. E os bikers aproveitam muito essa área da cidade, em grande parte fechada para carros. Há percursos inesquecíveis, como o que vai do Coliseu até a Piazza Venezia, passando na Via dei Fori Imperiali, com sua vista linda dos foros romanos.

Via dei Fori Imperiali, Roma, Itália
Pessoas passeando na Via dei Fori Imperiali (Gabriella Clare Marino/Unsplash)

Outra opção é continuar até a Piazza del Popolo, passar pela Via del Corso ou sair explorando as suas ruazinhas laterais. É lindo. Mas é bom levar um cadeado e uma corrente para prender a bicicleta nas inevitáveis paradas para admirar o esplendor romano. Não à toa, já em 1948, o filme Ladrões de Bicicletas foi rodado na região…

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Fonte: viagemeturismo

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