À margem do Rio Nilo, é possível embarcar numa viagem ao Egito Antigo ao atravessar os portões do Templo de Luxor, dedicado ao deus Amon.
Mas se engana quem pensa que as ruínas do centro religioso proporcionam uma paisagem estática, parada no tempo: unindo o Egito Antigo a registros da era romana e a uma mesquita, o Templo fornece ao visitante um trajeto dinâmico por diferentes períodos históricos.
Conheça a história do Templo de Luxor
Luxor fica na parte sul da antiga cidade de Tebas. As fundações do que viria a ser o Templo de Luxor foram erguidas pela rainha Hatshepsut na margem leste do Nilo, há cerca de 3.400 anos.
O santuário de Hatshepsut se tornou um templo a pedido do faraó Amenófis III, em uma construção que se estendeu por centenas de anos e se estendeu pelos reinados mais famosos de Ramsés II e Tutancâmon.
O Templo era um centro religioso de devoção ao deus Amon, sua mulher Mut e o filho dos dois, Khonsu, e servia de palco para o Festival de Opet, quando as estátuas das três santidades eram transportadas do Templo de Karnak até o Templo de Luxor, percorrendo um trajeto de cerca de 3 km – ainda hoje é possível passar pela Avenida de Esfinges que ladeia o caminho entre os dois.
Além das estátuas de faraós, dois grandes obeliscos de granito guardavam a entrada do Templo – um deles pode ser visto em Luxor. Já o outro foi removido em 1831 e levado para a França: trata-se do obelisco que hoje pode ser visto na Place de La Concorde, em Paris.
Alguns dos pilares do Templo, levantados durante o reinado de Ramsés II, homenageiam as vitórias militares do rei e permanecem por lá. Há ainda seis estátuas do faraó, das quais três seguem em pé em Luxor.
Uma fileira dupla de colunas de seis metros de altura, que se estende por 61 metros, é outro cenário para fotos. As 28 colunas foram decoradas por ordens de Tutancâmon.
Com a derrocada política de Tebas, a região do Templo de Luxor permaneceu habitada e, a partir da ocupação romana, o local se tornou um forte militar. Alguns afrescos que podem ser vistos no salão central do templo são obra dos romanos, que pintaram sobre as inscrições egípcias.
As estruturas do templo chegaram a ser aterradas e a mesquita Abu Haggag foi construída sobre as fundações. Com o trabalho de escavação realizado desde o século passado por historiadores e arqueólogos, o Templo de Luxor foi restaurado para manter o encontro entre diferentes épocas históricas em um só lugar.
O que você deve saber antes da visita
O Egito é conhecido pelas altas temperaturas e pelo sol escaldante. A dica é se organizar para fazer a visita durante a manhã, logo no horário de abertura, a partir das 6h. É quando as temperaturas são mais amenas e a lotação é menor.
Outra ideia é fazer um passeio noturno e aproveitar para ver a iluminação especial que o espaço ganha depois do entardecer. O Templo de Luxor fica aberto até às 20h.
Para turistas, o ingresso para entrada no templo custa 260 libras egípcias (o equivalente a cerca de R$ 30). Estudantes têm direito a meia-entrada. Os bilhetes podem ser adquiridos com antecedência no site.
Em 1975, o Museu de Luxor foi aberto: além da coleção de artefatos arqueológicos egípcios antigos, algumas estátuas encontradas enterradas no Templo e restauradas estão expostas por lá. O ingresso do museu custa aproximadamente R$ 35 (300 libras egípcias). O horário de funcionamento vai das 9h às 12h e das 17h às 19h no verão. No inverno, o museu abre das 9h às 13h e das 17h às 20h.
Saiba como chegar a Luxor
O Templo fica na cidade de Luxor, a mais de 600 km do Cairo. Alguns cruzeiros pelo Nilo incluem paradas em Luxor, mas, se esse não for seu plano de viagem, a outra opção é ir de trem até a cidade.
O trajeto noturno do Cairo até Luxor leva cerca de 8 horas e a passagem custa em torno de 70 reais (600 libras egípcias).
A entrada do Templo fica a cerca de 1km da estação ferroviária. Também há opções de táxis e tuk tuks para se locomover por Luxor.
Fonte: viagemeturismo