Um dos monumentos mais famosos de Roma é a Fontana di Trevi, imortalizada por Federico Fellini no filme La Dolce Vita (1960) e hoje um dos locais mais fotografados da cidade. O ponto icônico foi completamente reformado para o Jubileu 2025, uma grande celebração da Igreja Católica que acontece a cada 25 anos, e reabriu com limite de visitantes.
Mas, além da incontornável Fontana di Trevi, em Roma existem mais de duas mil fontes que reforçam a importância dos aquedutos e da água para o desenvolvimento da cidade. Muitas dessas fontes estão em funcionamento há séculos e foram esculpidas por artistas renomados. Confira cinco que valem a espiada:
1. Fontana dei Dioscuri
A Dioscuri está a poucos metros de distância da Fontana di Trevi e é uma fonte montada com peças de diferentes períodos históricos. As grandes esculturas que adornam a fonte simbolizam os “dióscuros” Castor e Pólux, filhos gêmeos de Zeus e Leda. Na mitologia, os irmãos têm a mesma mãe, mas pais diferentes – apenas Pólux era filho de Zeus e imortal. Graças a um pedido de Pólux, Zeus concedeu a imortalidade para Castor e ambos foram transformados na constelação de Gêmeos.
Acredita-se que as enormes estátuas que adornam a fonte provavelmente vêm do antigo Templo de Serápis, construído pelo imperador Marco Aurélio Antonino (que governou entre 188 e 217 d.C.), também chamado de Caracalla.
A primeira versão da Fontana dei Dioscuri foi montada em 1589. Após algumas mudanças ao longo dos séculos, em 1786, o Papa Pio VI Braschi ordenou um novo projeto ao arquiteto Giovanni Antinori. Assim, um obelisco egípcio proveniente do Mausoléu de Augusto foi inserido entre as estátuas. Em 1818, a última versão da fonte, encomendada ao arquiteto Raffaele Stern pelo Papa Pio VII, adicionou uma grande bacia desenterrada do antigo Fórum Romano e restaurada.
Onde? Na Piazza del Quirinale, a 400 metros da Fontana di Trevi.
2. Fontana del Tritone
Onde? Na Piazza Barberini, em frente à estação homônima do metrô.
A chamada Fonte do Tritão é uma das maiores obras de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), um dos artistas mais celebrados do barroco italiano. Também relativamente próxima da Fontana di Trevi, a fonte situada no meio da Piazza Barberini exibe um grande tritão erguido pelas caudas de quatro golfinhos. O trabalho foi executado por Bernini entre 1642 e 1643.
3. Fontana dei Quattro Fiumi
Situada na grande Piazza Navona, a aproximadamente um quilômetro da Fontana di Trevi, a Fontana dei Quattro Fiumi (ou Fonte dos Quatro Rios) é um símbolo da Roma barroca do século 17. Trata-se de outra obra de Bernini. Sob um imponente obelisco estão as estátuas de quatro deuses fluviais de diferentes continentes, representando os rios Nilo (África), Danúbio (Europa), Ganges (Ásia) e o da Prata (América). Na mesma piazza estão outras duas fontes: a Fontana del Moro (Fonte do Mouro) e a Fontana di Netuno (Fonte de Netuno).
Onde? Na Piazza Navona.
4. Fontana dell’Acqua Paola
A Fontana dell’Acqua Paola é um exemplo de “mostre”, um monumento projetado para exibir a água limpa transportada pelos aquedutos de Roma e marcar os pontos finais dessas estruturas. Também conhecida como a Grande Fonte, a construção foi encomendada pelo Papa Paulo V Borghese e construída entre 1610 e 1614 para celebrar a restauração do antigo Aqueduto Trajano, originalmente construído em 109 d.C. pelo Imperador Trajano. A arquitetura da Acqua Paola é considerada uma das inspirações para a Fontana di Trevi, construída 150 anos mais tarde.
Onde? Na Via Garibaldi, em frente ao Jardim Botânico de Roma.
5. Quattro Fontane
No cruzamento da Via delle Quattro Fontane com a Via Venti Settembre, estão situados quatro edifícios, cada um com uma fonte dentro de um nicho. Elas foram construídas no fim do século 16 por encomenda do Papa Sisto V e são alimentadas pelas águas do Aqueduto Felice.
Três das fontes foram projetados pelo renomado arquiteto italiano Domenico Fontana: simbolizando Florença, a fonte com a alegoria do rio Arno junto a um leão; a alegoria do rio Tibre junto à loba romana, simbolizando a cidade de Roma; e a deusa Juno, ao lado de um pavão e um leão, simbolizando a fortaleza. Já a fonte com a deusa Diana, símbolo da fidelidade, foi desenhada pelo artista Pietro da Cortona.
Onde? No cruzamento da Via delle Quattro Fontane com a Via Venti Settembre, a 300 metros da estação Barberini do metrô.
Fonte: viagemeturismo