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Celebre o Ano Novo na Escócia com Tochas e Fantasias: Conheça o Hogmanay

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Nem todas as viradas de ano são criadas iguais. Em alguns países, onde as tradições remontam à Antiguidade e incorporam elementos de celebrações pagãs que ganharam novos significados através dos tempos, o Réveillon pode ser época para alguns costumes inusitados que vão muito além dos brindes e fogos de artifício vistos em todo o mundo. Na Escócia, o Hogmanay é a versão local desse início de novo ciclo, onde as chamas não ficam restritas ao céu, aparecendo também em procissões que criam “rios de fogos” nas ruas da cidade.

Ninguém sabe exatamente o que significa “Hogmanay“, e há teorias atribuindo a origem da palavra ao grego antigo, ao francês, a velhos idiomas nórdicos ou ao próprio gaélico falado na Escócia. Certo é que a comemoração, que por muito tempo ficou restrita a pequenas cidades do interior e tinha relação com as antigas celebrações vikings do solstício de inverno, foi pouco a pouco sendo reincorporada como uma tradição de todo o país – hoje, mesmo as grandes cidades escocesas passaram a celebrar a virada de ano à moda tradicional, de olho em atrair turistas.

Procissão de virada de ano

É claro que a Escócia comemora o Réveillon como os outros lugares do Ocidente, com fogos de artifício à meia-noite de 1º de janeiro. Mas talvez o grande diferencial do Hogmanay seja o que acontece em terra firme mesmo: as procissões com tochas e referências ao período em que as ilhas britânicas eram dominadas pelos nórdicos. Quem participa da comemoração é convidado a usar fantasias remetendo aos vikings.

Nas últimas décadas, essa tradição ganhou tanta força que virou o principal chamariz para visitantes que querem encerrar o ano por lá. Na capital Edimburgo, por exemplo, o festival do Hogmanay vai durar quatro dias, com procissões desse tipo previstas para ocorrer entre 29 de dezembro e 1º de janeiro na virada 2024/2025.

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Festa também inclui celebrações “normais”, como os fogos de artifício. Estes, sobre o Castelo de Edimburgo (Alana Harris/Unsplash)

A festa é acompanhada por apresentações ao longo do caminho, em uma grande celebração da cultura escocesa. Tudo terminando com cantorias de “Auld Lang Syne”, um poema que hoje se tornou um clássico do Réveillon em países de língua inglesa (até mesmo a virada de ano da Times Square, em Nova York, toca uma interpretação dessa música), mas que tem raízes escocesas e foi escrito na língua local – o scots – ainda no século 18. Não há lugar mais autêntico para ouvi-la no começo de um novo ano.

A tradição do first-foot

Outra parte da celebração da virada de ano escocesa está relacionada à prática do first-footing, o ato de ser a primeira pessoa a entrar na casa de alguém. Segundo a tradição, a sorte do ano seguinte é determinada por quem faz isso. Por razões que nem sempre são bem explicadas, conta-se que homens altos de cabelos escuros dão mais sorte…

Em cidades menores, a madrugada após a virada do ano vira uma serenata de bate-perna pelas ruas, com visitantes prontos para se consagrarem como o first-foot na casa de amigos e vizinhos. Mas há tradições a se respeitar: quem entra na casa alheia deve levar algum “presente” para demonstrar sua intenção de trazer boa sorte (normalmente, sal ou carvão dão conta do recado, mas os mais generosos levam uísque), enquanto os anfitriões precisam tratar bem quem cruza a sua porta, compartilhando comida e bebida com o recém-chegado.

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Fonte: viagemeturismo

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