Uma paleta de cores que pinta o céu com tons de rosa, azul, verde e dourado. Foi essa a paisagem que encantou o caçador de aurora boreal, Marco Brotto, no 12 de janeiro, na divisa da Noruega com a Suécia, durante sua 164ª expedição em busca do fenômeno das auroras boreais.
Mas o céu colorido avistado pelo brasileiro não foi resultado de uma aurora boreal e, sim, de outro fenômeno natural: as nuvens estratosféricas, também conhecidas como nuvens madreperoladas, que apareceram no céu dessa região do planeta, ao longo de 200 quilômetros.
Esse tipo de nuvem é uma formação extremamente incomum, que ocorre em altitudes elevadíssimas, entre 15 e 25 km da Terra, e em condições de frio extremo, normalmente abaixo de -78°C. Seus cristais de gelo refletem a luz do sol, quando o astro está abaixo da linha do horizonte, criando no céu uma rara paleta de cores.
“Viajo para essa região há 14 anos e essa é a primeira vez que tenho o privilégio de ver o fenômeno com tanta intensidade e beleza. A observação depende de condições climáticas extremamente específicas, o que o torna ainda mais raro”, conta Brotto.
As nuvens estratosféricas são mais comuns nas regiões polares durante os meses de inverno, porque é nessa época que as temperaturas na estratosfera atingem os níveis necessários para sua formação.
Fonte: viagemeturismo