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Arquitetura psicodélica: Casa Batlló e a genialidade de Gaudí

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Barcelona e Antoni Gaudí são entidades indissociáveis. O artista e arquiteto reconhecido mundialmente por sua criatividade e inovação legou à capital da Catalunha as suas obras mais importantes. Além da icônica igreja Sagrada Família, que já tem data para ser concluída, e a Casa Milà (também conhecida como La Pedrera), a coloridíssima Casa Batlló destaca-se pelo psicodelismo em uma das principais vias da cidade.

Tudo começou no século 19, quando uma grande reforma urbana criou uma nova rua para ligar a cidade de Barcelona ao distrito de Villa de Gracia. Foi assim que o Paseo de Gracia se tornou a espinha dorsal da região, atraindo o interesse de famílias da elite da cidade. Em 1903, um dos edifícios nessa rua foi comprado por Josep Batlló y Casanovas, empresário do ramo têxtil que dá nome à casa.

A princípio, Batlló queria a demolição da casa para uma nova construção e, por isso, deu total liberdade para que Gaudí criasse o que bem entendesse. Por acaso, a antiga residência era um projeto do arquiteto Emilio Sala Cortés, um de seus mestres. Assim, o artista se negou a demoli-la e promoveu uma reforma completa do imóvel – que se tornou tão marcante que acabaria sendo incluído no Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, oito décadas mais tarde.

Pioneirismo na sustentabilidade

Uma das grandes inspirações para os projetos de Gaudí era a própria natureza, influência visível em vários aspectos da casa que, de certa forma, lembra um organismo vivo. As varandas possuem formas misteriosas que lembram flores, animais e até a estrutura de ossos humanos.

Apesar do período em que foi feita, a grande reforma na Casa Batlló adotou elementos do modernismo que, mais tarde, seriam reconhecidos como alternativas sustentáveis. Um deles é justamente o mais marcante da Casa: os trencadís, mosaicos criados com pedaços de vidro quebrado e azulejos.

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Fachada da Casa Batlló (Mike Peel (www.mikepeel.net)/Wikimedia Commons)

Graças às claraboias e aos dois pátios centrais da residência, boa parte dos cômodos também é iluminado por luz natural. Além disso, o arquiteto catalão projetou um sistema de ventilação original que, através da regulação manual das aberturas das janelas, confere conforto térmico equilibrado no verão e no inverno.

Uma interpretação para os elementos decorativos da Casa Batlló vem do simbolismo relacionado à lenda de São Jorge, padroeiro da Catalunha. Na história, São Jorge utiliza uma espada ou uma lança para derrotar um grande dragão, que estaria representado no telhado da casa: a superfície de azulejos de cerâmica seriam as costas do réptil caído, enquanto a cruz no topo do edifício seria a arma utilizada por São Jorge para matar a criatura.

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Topo da Casa Batlló faz referência à história de São Jorge (Fred Romero/CC BY 2.0/Wikimedia Commons)

Como visitar a Casa Batlló?

Situada no número 43 da rua Passeig de Gràcia, a Casa Batlló está aberta para visitação todos os dias, das 9h às 22h. A visita tem duração aproximada de 1 hora e 15 minutos.

As entradas custam a partir de 29 euros ser comprada no site oficial. Existe a opção de visitação às 8h30, antes do público geral, com ingressos a partir de 45 euros. De forma sazonal também acontecem visitas noturnas; saiba tudo no site oficial.

Pg. de Gràcia, 43, L’Eixample

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Fonte: viagemeturismo

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