Quem assistia Beast Wars deve lembrar que a equipe de heróis não contava apenas com os Maximals que já vimos aparecer no trailer de Transformers: O Despertar das Feras, como Optimus Prime, Cheetor e Rhinox. Existia também o controverso Rattrap.
Com sua atitude pessimista e agindo muitas vezes de forma egoísta, Rattrap era um personagem complicado, embora todos pudessem contar com ele na luta contra os Predacons. No artigo de hoje, trazemos um apanhado sobre o histórico desse personagem.
As Origens de Rattrap
O brinquedo original de Rattrap foi lançado no primeiro ano da linha Best Wars de Transformers, em 1996. Ele é um heroico Maximal e, como seu nome sugere, se transforma em um gigantesco rato. O perfil incluído no brinquedo descrevia Rattrap como um excelente espião que adorava… comer lixo.
Essa caracterização, como aconteceu com os outros personagens, foi bastante expandida para a série animada de Beast Wars, na qual Rattrap era um membro do elenco principal, fazendo parte de uma tripulação de Maximals presos na Terra pré-histórica.
Rattrap seguia o arquétipo do espertalhão do grupo, sempre com comentários ácidos recheados de sarcasmo, e muitas reclamações a respeito de… bem, qualquer coisa. O típico personagem que é escrito para você amar ou odiar, sempre deixando bem claro em suas atitudes que só se importa consigo mesmo. Mas, em sua defesa, ele realmente odiava os Predacons mais do que qualquer um.
Seu papel no grupo
Esse ódio pelos Predacons foi o que causou uma relação mutuamente antagônica com o ex-Predacon Dinobot, que resolveu abandonar Megatron e se juntar aos Maximals – é claro que Rattrap não confiava nem um pouco nele. No entanto, conforme a série avançou, isso evoluiu para uma espécie de respeito mútuo entre os dois, embora nem Dinobot e nem Rattrap admitissem isso.
Embora ele não possa de jeito nenhum figurar em uma lista de Transformers mais simpáticos, Rattrap ainda era um cara legal que estava sempre disposto a se apresentar para a luta quando necessário. Nesses momentos, a série aproveitava para destacar suas habilidades em espionagem e infiltração, algo que já havia sido destacado lá na descrição de seu brinquedo.
Mas Rattrap não vivia só de ser um espião para o grupo. Na verdade, por mais incrível que isso possa parecer, ele tinha um grande potencial de liderança, e até mesmo assumiu o comando da equipe quando seu verdadeiro líder, Optimus Primal, estava desaparecido. Mas independente da posição em que estivesse, Rattrap sempre a receberia com seu pessimismo característico e suas velhas reclamações.
Transmetal
Na segunda temporada de Beast Wars, assim como aconteceu com Cheetor e Optimus Primal, Rattrap recebeu uma descarga de energia quântica alienígena, passando então por um upgrade para sua nova forma Transmetal, na qual ele permaneceu até o fim da série.
A história de Rattrap continuou na sequência de Beast Wars, a série Beast Machines, que estreou em 1999. O plot principal da continuação era o dos Maximals retornando a Cybertron, apenas para descobrirem que Megatron havia conquistado o planeta, povoando-o com seus drones, os Vehicons.
Para combater suas forças, os Maximals foram reformatados pelo supercomputador Oracle em novas formas tecno-orgânicas. No entanto, o egoísmo e o pessimismo de Rattrap fizeram com que ele levassem mais tempo do que seus amigos para alcançar o estado de espírito necessário para ter controle total de seu novo corpo.
Isso gerou o pior momento da história Rattrap, que aconteceu quando ele finalmente conseguiu controlar suas transformações e descobriu que sua nova forma simplesmente não tinha armas. Frustrado com isso, ele vendeu os Maximals a Megatron em troca de uma armadura acoplada com mísseis.
Quando Optimus Primal o ajudou a enxergar que sua verdadeira força não estava em armas, mas sim em seu coração, Rattrap finalmente ficou em paz com sua nova forma e abraçou seu novo papel como suporte técnico dos Maximals. Sua redenção até mesmo culminou em um romance, quando ele se apaixonou por Botanica, uma nova heroína introduzida nos Maximals.
Talvez o ponto mais interessante a respeito da história de Rattrap em Beast Wars é o seu vínculo com um Autobot da Geração 1. É revelado pelo próprio, em um episódio, que a Autobot feminina Arcee era só tia-avó.
Além de Beast Wars
Curiosamente, existiram algumas adaptações de Rattrap ao longo dos anos, como por exemplo um Autobot que apareceu na série Transformers Animated. Por lá, ele recebeu o nome de “Rattletrap”, e se transformava em um veículo ao invés de um animal. Rattletrap fez apenas uma breve aparição na terceira temporada da série, e ele tinha todas as piores caraterísticas do Rattrap original. Na verdade, ele era até pior, já que aqui era um contrabandista de armas do mercado negro que foi descoberto negociando com o Decepticon Shockwave.
Aparentemente, quando “Transformers: O Despertar das Feras” chegar aos cinemas em 2023, Rattrap estará de fora. Embora outros Maximals como Optimus Primal, Cheetor, Airazor e Rhinox já tenham aparecido no trailer, o robô rato permanece desaparecido e é muito provável que não esteja no longa. O motivo provavelmente envolve a escolha do estúdio em usar apenas animais realmente imponentes como as formas alternativas dos Maximals, o que obviamente eliminaria as chances de um rato. Convenhamos, nunca fez muito sentido.
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Voltando à ação e ao espetáculo que capturou pela primeira vez os espectadores ao redor do mundo 14 anos atrás com o Transformers original, Transformers: O Despertar das Feras levará o público à uma aventura pelo mundo, ambientada nos anos 90, e apresentará os Maximals, Predacons e Terrorcons à batalha existente na Terra entre Autobots e Decepticons.
Steven Caple Jr. (Creed II) cuida da direção, enquanto Anthony Ramos (Em Um Bairro de Nova York) e Dominique Fishback (Judas e o Messias Negro) estrelam.
Transformers: O Despertar das Feras está agendado para 9 de junho de 2023, e será responsável por dar início a uma nova trilogia de filmes da franquia.
Fonte: terra gameon