A rede social TikTok, da chinesa ByteDance, admitiu que obteve de forma inadequada dados de usuários, entre eles jornalistas que faziam uma cobertura crítica da empresa, como parte de uma investigação interna de vazamentos.
O caso de violação só veio à tona depois que uma repórter da revista Forbes teve acesso a gravações e transcrições de reuniões internas na China em que executivos comentavam a prática.
Segundo a publicação, a empresa rastreou a própria autora da reportagem, além de profissionais do BuzzFeed News, do jornal Financial Times e de contatos próximos a eles. O objetivo era descobrir quais funcionários estavam servindo como fontes e vazando dados sigilosos para a imprensa.
A bytedance usava dados pessoais — como local de residência, e-mails e endereços de IP — dos repórteres e os cruzava com os dos próprios funcionários, para descobrir se eles batiam. Inicialmente, a empresa tentou negar as acusações, mas, diante das provas, declarou estar “profundamente desapontada” com o caso, prometendo mudanças internas.
TikTok está na mira dos EUA
Nos Estados Unidos, um projeto de lei do senador republicano Marco Rubio pretende proibir de vez o aplicativo em território norte-americano. A rede social quase foi bloqueada durante a gestão do ex-presidente Donald Trump, mas Joe Biden reverteu a situação.
Agora, o republicano conseguiu o apoio de um correligionário moderado, Mike Gallagher, e de um democrata, Raja Rishnamoorthi, mostrando que a medida pode angariar algum apoio bipartidário caso vá a votação no Congresso.
Fonte: revistaoeste