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Tecnologia

The Last Oricru tem boas intenções, mas execução deixa a desejar

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Com o selo Prime Matter, a publisher Koch Media tem apostado em novas franquias e voltado sua atenção para estúdios iniciantes em busca de ideias originais. É o caso da produtora GoldKnights e seu jogo de estreia, o RPG de ação The Last Oricru.

A premissa deste RPG de ação em terceira pessoa é ambiciosa, com um roteiro que combina ficção-científica e fantasia medieval. O jogador controla um que chega, de forma nada planejada, em Wardenia, um mundo alienígena em meio a uma guerra civil. Como um estranho em uma terra hostil, é preciso fazer escolhas que impactam o rumo da aventura, algumas pequenas e outras grandes, influenciando assim não só o jogo, mas o destino dos povos em guerra.

Efeito borboleta

A narrativa ramificada faz com que cada decisão do jogador mude os seguintes. Apoiar os Naboru para proteger suas tradições conservadoras, lutar ao lado dos Ratkin ‘ratovolucionários’ ou se tornar um agente duplo de uma terceira facção e lucrar com o conflito? É preciso fazer escolhas e lidar, inclusive, com seus colegas humanos, cada um com suas próprias ideias.

Essa é a parte mais legal da aventura, que está toda legendada em português: praticamente qualquer situação pode se desenrolar de múltiplas maneiras, conforme as decisões do jogador. Há pelo menos três facções com interesses divergentes e cabe ao jogador decidir quem está certo ou errado, ajudar ou não os NPCs, apoiar os interesses de determinado grupo e por aí vai.

Isso resulta não só em múltiplos finais, mas também em missões em que se está de um lado ou outro da batalha. Assim, para conferir a história inteira, é preciso jogar múltiplas vezes.

Combate ao estilo ‘Souls’

Embora o personagem seja um membro de uma tripulação de astronautas, o é praticamente medieval, com o combate rolando com armas brancas, escudos e magias. O sistema de combate segue a fórmula básica de um Dark Souls da vida, ainda que a GoldKnights não consiga implementar a complexidade de um jogo da FromSoftware – mas até aí, quem consegue?

Da mesma forma, o sistema de progressão, evolução e equipamentos segue essa mesma linha, em que é preciso planejar bem sua ‘build’ para poder usar as armas e armaduras desejadas, de acordo com a abordagem preferida pelo jogador: armas maiores são lentas, usar muita armadura dificulta as esquivas e assim por diante. Não é o melhor ‘Soulslike’ disponível por aí, mas funciona.

Uma adição bacana é o modo cooperativo, com suporte para partidas presenciais e online, com dois jogadores compartilhando a experiência do jogo ao mesmo tempo – e até permite algumas abordagens diferentes, principalmente nas lutas de chefe.

Considerações

Por ser uma franquia nova e não ser nem de longe o game mais bem acabado graficamente, com cenários muito bonitos, armaduras detalhadas (para o personagem do jogador) e modelos de personagens apenas razoáveis. Como o game tem muitos diálogos, os rostos são vistos de perto com frequência e parecem vindos do começo da geração passada.

Mesmo com conceitos promissores, The Last Oricru vai acabar passando batido nesse período de lançamentos mais intensos, em que toda a atenção dos jogadores vai para as super produções dos grandes estúdios. Ainda assim, é um jogo cheio de ideias legais e ambientação original, o que é sempre bem vindo. È um bom começo para a GoldKnights.

The Last Oricru está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Prime Matter.

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