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Talentos internacionais se rendem ao povo brasileiro no Major do Rio

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As duas primeiras etapas do IEM Rio Major 2022 já aconteceram e, mesmo com um público reduzido, os brasileiros conseguiram impressionar os talentos internacionais que trabalharam no evento. Pela primeira vez na história, a maior competição de CS:GO acontece no Brasil e os torcedores locais mostraram a energia brasileira para impressionar a comunidade internacional.

Diretamente do local, o Game On teve a oportunidade de conversar com James Banks e Anastasija “Heccu” Tolmačeva, repórteres de campo do evento no Rio de Janeiro. Extasiados pelo ritmo brasileiro nas arquibancadas, ambos exaltaram os fãs canarinhos de CS:GO.

Cultura do futebol impressionando

No país do futebol, é cultural a presença animada em estádios, com torcidas que não param de cantar em nenhum momento do jogo. Para Banks, que é britânico e está acostumado com a cultura de estádios de futebol, a energia do Brasil reflete diretamente ao que é visto nos esportes tradicionais.

“É uma energia parecida com a Premier League. Só que enquanto no futebol você comemora quando o time faz um gol, aqui, é uma coisa diferente. A torcida vai a loucura quando uma bomba explode, quando um jogador consegue uma eliminação, quando algum clutch maluco acontece. A cultura do povo brasileiro, é isso que estamos vendo aparecer”, comentou Banks

O repórter oficial da ESL, organizadora do torneio do Rio, ainda comenta que o Major do Brasil serve para mostrar a paixão nacional pelos esportes eletrônicos. Banks ainda finaliza dizendo que sua expectativa é de quebra de alguns recordes.

“Eles estão provando a paixão deles pelo esports. Ok, a FURIA entrou no palco agora, é um outro nível de altura, mas mesmo quando foi NAVI, Liquid, ou qualquer outro time que eles estão torcendo, eles vão com tudo. É especial. Eu sinto que vamos quebrar alguns recordes de níveis de altura nos playoffs”, finaliza.

Torcida para todos os momentos

Para Heccu, que foi repórter de campo durante o Major de Estocolmo, em 2021, não existe comparação entre a energia do brasileiro com a de outros eventos. Ela ainda ressalta que o torcedor do Brasil não torce apenas de acordo com o momento da equipe dentro do servidor.

“Eu fui no major de Estocolmo e é como dia e noite (a diferença). A NIP (time da casa) estava tendo um começo difícil no jogo e a torcida, que era, em sua maioria, sueca, estava silenciosa. Aqui, mesmo com a Imperial indo 0-3, eles não ligaram, eles estavam se divertindo e tendo um momento feliz. E aí quando eles conseguiam uma eliminação que fosse, a torcida comemorava como se tivesse ganhado o Major”, analisa ela.

Além disso, a repórter ainda brinca que o barulho e animação da torcida é tanta, que o seu trabalho foi dificultado. E, ainda vale ressaltar, que até o momento, apenas as etapas com públicos limitados aconteceram. Durante a fase de mata-mata, o número de torcedores irá triplicar. E, para Heccu, pode ser que a vida seja dificultada nos playoffs.

“Como uma repórter de campo, eu me pergunto se eu vou conseguir fazer o meu trabalho (risos). Na minha última entrevista desta etapa, eu perguntava ao jogador alguma coisa e ele falava que não conseguia escutar, porque o barulho da torcida estava tão insano que ele não entendia a pergunta”, contou.

Fonte: terra.com.br/gameon

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