O presidente da Sony Interactive Entertainment, Jim Ryan, chamou a oferta da Microsoft para manter Call of Duty nos consoles PlayStation “inadequada em vários níveis”. A oferta teria sido feita de forma privada entre as duas empresas, mas o executivo decidiu se manifestar contra publicamente.
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No início de setembro, o chefe da divisão Xbox, Phil Spencer, disse que pretende continuar lançando os jogos da franquia no PlayStation “por mais alguns anos”, além do contrato de marketing já existente entre a Sony e a Activision. Ele disse ainda que a oferta “vai muito além dos acordos típicos da indústria de jogos”.
Porém, a Sony discordou dessa afirmação. Em comunicado ao GamesIndustry.biz, Ryan revelou mais detalhes dessa oferta: “A Microsoft ofereceu apenas que Call of Duty permanecesse no PlayStation por três anos após o término do atual acordo entre a Activision e a Sony”.
Ainda não se sabe quando o contato de marketing entre as duas empresas termina. Rumores apontam que seja em 2024. Isso significa que a Microsoft garantiu Call of Duty no PlayStation até 2027.
“Após quase 20 anos de Call of Duty no PlayStation, a proposta deles foi inadequada em vários níveis e não considerou o impacto nos nossos jogadores”, escreveu. “Nós queremos garantir que os jogadores de PlayStation continuem tendo a melhor experiência possível, e a proposta da Microsoft vai contra esse princípio”.
Ryan também deu uma cutucada na Microsoft, afirmando pretender manter a discussão nos bastidores. “Eu não pretendia comentar sobre o que entendi ser uma discussão de negócios privada, mas sinto a necessidade de esclarecer as coisas porque phil spencer trouxe isso para o fórum público”, rebateu.
Sony e Microsoft brigam em público por Call of Duty
As duas empresas têm trocado várias farpas nos últimos meses por causa de Call of Duty. Desde que a Activision foi comprada pela Microsoft (a aquisição ainda não foi finalizada e segue em análise por órgãos reguladores), a Sony afirma que a compra irá prejudicar seus negócios.
Em agosto, uma troca de e-mails com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) revelou que a japonesa acusa a Microsoft de querer monopolizar o mercado com o Game Pass. Já o outro lado disse que a Sony “se insurge contra a introdução de novos modelos de monetização capazes de desafiar seu modelo de negócios.”
Fonte: GamesIndustry.biz, The Verge, VG247
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