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Tecnologia

Relembre Suikoden: quando a Konami se aventurou nos RPGs

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O remaster de Suikoden I & II anunciado pela Konami durante a Tokyo Show chamou a atenção de fãs de J-RPG do mundo inteiro. Sucessos modestos quando foram lançados para o PlayStation nos anos 1990, ambos os games foram ganhando reputação ao longo dos anos a ponto de atualmente serem considerados como clássicos cult.

A Konami, desenvolvedora dos títulos, ainda que uma polivalente autora de clássicos, não tinha na época na seara dos JRPGs, o que nos leva a questão: o que torna os games Suikoden especiais a ponto de agora receberem um remaster em alta definição, recebidos com tanto carinho pela comunidade? 

A lenda das 108 estrelas

Lançado em 1995, Suikoden é um game que expressa bem a transição entre as gerações 16 e 32-bits. Graficamente, o game exibe visuais que parecem uma versão de luxo dos JRPGs do Super NES, com personagens em sprites e cenários bidimensionais com grande detalhismo.

O que o diferencia da geração antiga, porém, são os campos de batalha tridimensionais e efeitos de magias e golpes impossíveis no velho 16-bits da Nintendo. Outro ponto que o jogo lembra que faz parte da (na época) nascente geração 32-bits é sua trilha sonora épica, com arranjos sofisticados que se beneficiam da alta capacidade de armazenamento que o CD-Rom trouxe nos anos 90.

A campanha do jogo é embalada por uma trama levemente inspirada em uma lenda chinesa, mais séria e dramática que a média dos JRPGs daqueles anos, que, resumidamente, conta a história do filho de um grande general que termina se tornando o líder do “exército de liberação” (Liberation Army), um exército rebelde que tem por missão derrotar o corrupto Scarlet Moon Empire. Para tal, o “herói” (cujo nome é dado pelo jogador ao iniciar a jornada), precisa recrutar 107 “estrelas do destino” (Stars of Destiny), todos personagens com história e motivações próprias.

Além de ser o diferencial de Suikoden em comparação a outros jogos do gênero, o número de 108 personagens jogáveis é um recorde a ser batido – Chrono Cross, com 45 personagens e Valkyria Chronicles com 53 são os que mais se aproximam. 

A maioria desses personagens aderem à causa do jogador apenas na conversa, porém outros requerem itens específicos ou exigem um determinado nível de experiência para serem recrutados. A equipe da Konami realizou um trabalho admirável em não apenas incluir todos eles no roteiro do jogo, como também dar-lhes habilidades únicas nas batalhas que ocorrem durante a campanha. 

A lenda continua

Suikoden fez sucesso suficiente para três anos depois, em 1998, ganhar ao mesmo tempo uma versão melhorada para o Sega Saturn e uma continuação, Suikoden 2, para o PlayStation. A sequência manteve o estilo geral do antecessor, porém melhorando sensivelmente gráficos e sons, além de adicionar um novo modo de batalha. Entretanto, o estilo considerado “retrô” de Suikoden 2 fez com que ele ganhasse bem menos destaque que títulos como Final Fantasy VII, que investiram em gráficos poligonais, em destaque naquela geração.

Ainda assim, a franquia Suikoden seguiu no Japão, ganhando três sequências para o PlayStation 2, além de uma compilação dos dois títulos lançada em 2006 para o PSP. Mangás e light novels contando histórias dos jogos também foram publicados, alguns inclusive com versões ocidentais. Apesar do último game, Gensō Suikoden: Tsumugareshi Hyakunen no Toki, ter sido lançado para PSP há 10 anos, a franquia conseguiu se manter ativa no coração e na lembrança dos fãs, a ponto da Konami se interessar em lançar o remaster dos títulos de PS1.

Os dois jogos vão ganhar versões remasterizadas e chegarão em , em uma coletânea intitulada Suikoden I & II HD Remaster Gate Rune and Dunan Unification Wars, para PC, PlayStation 4, Switch e Xbox One.

E você, quais são suas memórias com os Suikoden originais? Chegaram a completar os 108 personagens? Relembre este clássico no canal do Game On no Discord!

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