Estava revendo alguns aprendizados de livros que li há mais tempo e me deparei com um aprendizado do livro “Hábitos Atômicos” do James Clear.
Nossa fala mostra muito de como nos identificamos.
Isso me levou a relembrar um pouco de alguns conceitos super importantes com relação à mudança daquilo que não gostamos muito em nós.
Nessa reflexão aqui eu quero comentar sobre maneiras de trabalhar a forma como comunicamos e agimos para mudar hábitos.
Nossos hábitos formam nossa identidade, afinal é o que fazemos de novo e de novo todos os dias. Depois de anos executando uma mesma ação, ela é parte de nós querendo ou não.
Imagine a situação. Um fumante decidiu parar de fumar. Ele está numa festa com amigos e um deles pergunta:
“Quer um cigarro?”
Tentado, o ex-fumante diz:
“Não, estou tetando parar.”
Legal, pois a força de vontade ali prevaleceu. No entanto, analise a frase dele. Essa frase parte de alguém que se considera ainda um fumante. Afinal, quem não é fumante diria algo como:
“Obrigado, eu não fumo.”
É uma mudança que pode parecer sutil, mas é extremamente importante quando estamos buscando mudar algo em nós.
Aproveitando uma analogia do mesmo livro, quando pensamos em mudança devemos levar em conta a mudança em três níveis. São como três camadas de uma cebola.
- Resultado
- Processo
- Identidade
O nível do resultado é aquele daquilo que queremos mudar. Para de fumar, emagrecer, ler um livro por mês, etc. São os objetivos em si que consideramos quando pensamos na mudança de hábitos ou conquista de uma meta.
Já o nível dos processos está relacionado com a mudança dos sistemas que compõe a realização dos nossos hábitos. É organizar melhor o ambiente para que fique mais fácil realizar as ações do dia a dia. Por exemplo, no caso de querer emagrecer, seria não comprar alimentos cheios de açúcar e gordura. No caso de querer escrever um livro, pode ser organizar sempre a mesa para tirar distrações. Por aí vai.
Finalmente, temos o nível da identidade e ele é mais importante no meu ver. A identidade tem a ver com nossas crenças e autoimagem. É a maneira como falamos e pensamos sobre nós. É o exemplo que dei no início do texto.
Se queremos transformar a forma como mudamos uma rotina, um hábito ou uma maneira de agir, devemos nos atentar para os três níveis de transformação.
Em especial, temos que começar pela nossa percepção de nós mesmos com relação à mudança.
Eu percebo isso constantemente em mim. Quero acordar cedo, mas o tempo inteiro reforço a ideia dentro de mim que “é difícil porque eu sou do tipo de pessoa que dorme tarde e acorda tarde”.
Se eu quero acordar cedo, então eu devo pensar igual alguém que acorda cedo. Ou seja, reforçar para mim a ideia de que é fácil acordar cedo porque eu sou o tipo de pessoa que acorda cedo.
Mudando essa perspectiva e reforçar ela através da nossa comunicação conosco e com os outros faz com que fique mais fácil de mudarmos depois os processos e estruturas para facilitar a mudança de atitude e, finalmente, mudar as ações em si.
Faz sentido? Me conta nos comentários o que pensa sobre esse assunto.
Divirta-se!
Fonte: andrelug