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Jogamos: The Devil in Me acerta na ambientação macabra

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Não é de hoje que os fãs de adventures e jogos de terror apreciam as obras da produtora Supermassive. Desde Until Dawn até o recente The Quarry, o estúdio britânico mostra que entende do riscado e na antologia The Dark Pictures, publicada pela Bandai Namco, vem explorando as mais variadas ambientações possíveis no gênero.

Embora seus jogos sigam sempre a mesma fórmula, com múltiplos personagens para controlar e sistemas de diálogos e escolhas para decidir quem pode ou não terminar a aventura com vida, a variedade de ambientações consegue manter a receita fresca e o jogador interessado. 

O Game On teve a oportunidade de jogar a primeira hora desta aventura e já adianto: The Devil in Me tem tudo para ser o melhor jogo da série, principalmente pela ambientação. No game, cinco documentaristas são convidados, através de uma ligação misteriosa, para visitar uma réplica do Castelo da Morte de H. H. Holmes, o primeiro assassino em série norte-americano.

O jogo aposta em um cenário clássico do terror, com o grupo aprisionado no Hotel da Feira Mundial – inspirado no infame lar macabro de Holmes – um casarão adaptado e cheio de salas secretas, armadilhas letais e câmaras de tortura, que foi palco de um doentio “Jogos Mortais” no mundo real.

Castelo da Morte

Desde a iluminação bruxuleante até a decoração do começo do século passado, assim como muitos cômodos sinistros e decadentes, tudo contribui para produzir a aura assustadora necessária para manter o jogador sempre na beira do sofá, preocupado com o que vai encontrar enquanto explora os corredores apertados do lugar. Os efeitos sonoros muito bem trabalahdos contribuem ainda mais para a atmosfera opressiva do hotel maligno.

O jogo segue à risca a fórmula da Supermassive: O quinteto de protagonistas tem diferentes personalidades, com traços que podem ser modificados ou acentuados pelas decisões do jogador. O grupo vai entrar em conflito em muitas ocasiões, tanto por suas personalidades – uns são mais convencidos, outros são medrosos ou exisgentes e manter a turma unida parece ser o maior desafio.

Também ajuda o fato do grupo ser formado por personagens interessantes, cada um com suas motivações. Há um conflito claro no começo: o diretor Charles e Erin, estagiária de som, estão sempre em conflito – o líder da equipe trata a novata como se fosse sua assistente pessoal, o que a deixa bastante irritada. A relação é tensa, mas não tanto quanto o casal Eric e Rachel em House of Ashes. Aqui, eles conseguem trabalhar juntose se ajudar, apesar das diferenças.

O visual realista dos personagens, principalmente suas expressões faciais, ajudam a passar esse envolvimento para o jogador – pena que a movimentação ainda pareça travada, como em qualquer outro adventure, e prejudique um pouco essa imersão. Ao menos agora é possível correr e carregar itens, recursos ausentes nos jogos anteriores da antologia.

Tensão crescente

O que diferencia mesmo The Devil in Me dos jogos anteriores é que a tensão é construída não só pelas relações internas do grupo,  mas pela ambientação: todos eles conhecem as histórias envolvendo o serial killer HH Holmes e não são poucas as referências ao assassino e sua obra macabra presentes no game. Ao menos nessa amostra, a antecipação do terror é maior do que os ‘jumpscares’, o que deixa tudo mais emocionante.

Entre melhorias técnicas e de ambientação, The Devil in Me mostra que os fãs da obra da Supermassive terão um ótimo motivo para tomar sustos e bancar os detetives em 18 de novembro, quando o jogo chegar ao PC e aos consoles PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S.

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