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Jogamos: Gungrave G.O.R.E. entrega estilo sem substância

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Gungrave G.O.R.E é um jogo de ação em terceira pessoa desenvolvido pelo estúdio sul-coreano Iggymob e serve como sequência de uma série de games lançada em meados dos anos 2000. O Game On teve a oportunidade de jogar uma versão prévia do jogo final, e já adianto: é um jogo estranho, defasado e surpreendentemente divertido, ao menos até um certo ponto.

Logo de cara, o jogador é apresentado com um menu básico e barulhento que lembra alguma máquina de fliperama antiga. Ao dar início na sua história, um belo vídeo CGI mostra o personagem principal realizando acrobacias dignas dos filmes de ação do início do milênio, introduzindo o mundo violento e cômico de Gungrave. Leva pouco tempo até assumir o controle do protagonista, Grave (sim, este é o nome do herói) e sair por aí atirando, fatiando e deslizando.

Direto do túnel do tempo

A jogabilidade de Gungrave G.O.R.E é ultrapassada, e você percebe isso logo nos primeiros minutos, com sua tentativa de misturar artes marciais, tiroteios e hack n’ slash num só pacote, mas falha em entregar qualquer coisa com substância. Por exemplo, apesar de existir uma mira livre (bem fraquinha), todos os tiros das armas de Grave vão automaticamente para quem estiver na sua frente, como naqueles jogos de PS2 em que não se utilizava o segundo analógico para apontar os disparos.

Assim, o jogador não precisa se preocupar em mirar enquanto caminha pelos corredores detonando os inimigos na sua frente. Ao jogar com um mouse e teclado, como foi o meu caso, isso chega a ser um problema ainda maior. O combate corpo a corpo também não impressiona, com Grave usando a sua lápide gigantesca como marreta para amassar os inimigos. Porém, apesar de tudo isso, o jogo consegue ser estiloso e até mesmo satisfatório, principalmente ao ver a barrinha de combo subindo no canto da tela conforme o personagem massacra inimigos e explode cabeças.

Ao encher essa barra, Grave pode ativar algumas habilidades especiais que quase sempre servem para explodir todos os inimigos ao seu redor. É ação visceral e explosiva, mas nada nada tem substância e no fim, parece genérico demais. Eu entendo que o jogo é uma sequência direta de uma série da época do PS2 (e de um anime de sucesso!), mas isso não devia ser desculpa para não dispensar qualquer evolução ou modernização, mesmo que este seja o objetivo dos desenvolvedores.

Visualmente, o jogo segue na mesma toada e não entrega nada de impressionante. Assim como nas mecânicas de jogo, os gráficos tentam demonstrar estilo mas parecem ter parado no tempo, talvez lá em 2007, quando Transformers e Linkin Park eram o ápice do entretenimento.

Apesar de tudo, é divertido

Apesar da apresentação, gráficos e jogabilidade do jogo não entregarem nada de extraordinário, o jogo tem um certo charme que me fez ficar jogando por horas. Não sei se o motivo disso é por ser um jogo simples e que beira o absurdo em algumas situações, mas eu terminei a minha jogatina satisfeito. 

Gungrave G.O.R.E não entrega nada de novo, mas isso não significa que ele não possa te divertir a partir de 22 de novembro, quando o jogo chega para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S.

*Esta prévia foi feita no PC, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Prime Matter.

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