A começou a restringir a sugestão de conteúdos nos aplicativos e Threads. A medida já havia sido anunciada por Adam Mosseri, CEO do Instagram, no mês de fevereiro.
A iniciativa visa “não amplificar proativamente” este tipo de conteúdo que poderia influenciar especialmente as funções Reels e Explore. Na época do anúncio, Mosseri disse que a Meta, que também é responsável pelo , não pretende incentivar debates sobre “política e notícias difíceis”.
A empresa, no entanto, não anunciou que a medida já estava sendo implementada em algumas contas. Nos , a restrição de “conteúdos políticos de contas que você não segue” já está ativada por padrão. O filtro de conteúdo ainda não foi disponibilizado para o público brasileiro.
Até agora, não há informações sobre como a plataforma define “conteúdo político”, o que alguns consideram suspeito. No Twitter/X, também surgiram preocupações sobre uma possível política de “censura” da Meta.
De acordo com a Meta, os usuários têm a opção de limitar ou desativar completamente a exibição de conteúdos políticos em seus feeds e nas áreas de conteúdo recomendado.
Para continuar vendo publicações do tipo, é necessário ativar manualmente a opção “Não limitar” nas configurações do aplicativo. A nova ferramenta surge durante as eleições presidenciais dos EUA, marcadas para novembro, e em meio a discussões sobre o papel das redes sociais na política.
No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu algumas medidas para as eleições municipais deste ano, incluindo a responsabilização de plataformas que não retirem do ar conteúdos considerados “nocivos” pela Corte.
Durante a votação, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, exaltou as novas regras e disse que elas vão permitir à Justiça Eleitoral ter “instrumentos eficazes para combater o desvirtuamento nas propagandas eleitorais, nos discursos de ódio, fascistas, antidemocráticos e na utilização de IA para colocar na fala de uma pessoa algo que ela não disse”.
São elas:
- Proibição das deepfakes;
- Fixação de obrigação de aviso sobre uso de IA na propaganda eleitoral;
- Restrição do emprego de robôs para intermediar contato com o eleitor (a campanha não pode simular diálogo com candidato ou qualquer outra pessoa); e
- Responsabilização das big techs que não retirarem do ar, imediatamente, conteúdos com “desinformação, discurso de ódio, antidemocrático, racista, homofóbico, de ideologia nazista e fascista”.
Fonte: revistaoeste