Hideo Kojima é um dos mais conhecidos e prestigiados designers do mundo dos games. Afinal de contas, basta olhar para sua principal criação, a série Metal Gear, para entender o motivo. Outro ponto de argumentação nesse sentido é sua presença no Guinness Book, onde é o detentor de nove recordes e citado diretamente ou não em outros oito.
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Não é à toa que seus projetos, além da franquia de espionagem com décadas de existência e dezenas de games, chamem tanta atenção. Entre um recente podcast em parceria com o Spotify e sua parceria com a Microsoft em um jogo ainda não revelado, está também Death Stranding, que carrega um recorde próprio dos mais estrelados. Na maioria dos registros, inclusive, seu criador não poderá ser superado, com seu nome sujeito a, apenas, ganhar novas entradas no livro dos recordes.
Conheça agora os recordes de Hideo Kojima, de acordo com o listado até agora no Guinness Book.
Maior número de seguidores no Instagram e Twitter
Hideo Kojima não é somente popular nas redes sociais, como também absurdamente ativo, normalmente compartilhando suas referências, músicas que está ouvindo e filmes que assistiu na semana. As postagens costumam ser enigmáticas e falam de suas obras do passado e podem entregar elementos do que vem por aí, sendo profundamente analisadas pelos fãs em busca de indícios e pistas de seus novos projetos.
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Aqui, falamos de uma honraria dupla, concedida ao Twitter em inglês de Kojima em 2019 e à sua conta no Instagram um ano depois; na época da verificação pelo Guinness Book, eram respectivamente 2,8 milhões o acompanhando na primeira e 1,1 milhão de seguidores na segunda.
Claro, estamos falando de recordes que podem mudar de dono a qualquer momento, mas, pelo menos até o momento em que esta reportagem é escrita, eles ainda são de Kojima. O designer, inclusive, ampliou sua vantagem — em 22 de setembro de 2022, o diretor acumula 3,3 milhões de seguidores no perfil em inglês no Twitter e 1,4 milhão no Instagram.
Jogo com maior número de indicações ao BAFTA
O título mais recente de Kojima, Death Stranding, aparece empatado com Control, da Remedy, nesta categoria. Ambos tiveram um total de 11 indicações ao BAFTA de 2020; desde 2004, a Academia Britânica de Cinema e Artes de Televisão também premia os melhores jogos do ano, com o BAFTA Games Awards sendo considerado, inclusive, um dos prêmios mais prestigiados da indústria.
Na cerimônia realizada em abril daquele ano, os dois títulos também sairiam praticamente empatados: enquanto Control levou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante, Death Stranding ficaria com a maior honraria da noite, a de Realização Técnica, equivalente do BAFTA ao prêmio de Melhor Jogo do Ano. No evento, Kojima também receberia uma estatueta honorária pelo conjunto de sua obra.
Maior final em um game
Até hoje imbatível nesse quesito, os momentos finais de Metal Gear Solid IV: Guns of the Patriots estão mais para longa metragem do que para o que entendemos hoje como cutscene. Kojima não poupou esforços e entregou um encerramento com nada menos do que 1h09min04s para o game ainda exclusivo de PlayStation 3.
Nada mais justo para aquele que também era o encerramento da saga de Solid Snake, um dos personagens mais queridos do mundo dos games. Cheio de acenos ao passado da franquia, o fim de Metal Gear Solid IV tem ares de novela e também dá desfecho para muitos dos personagens do universo, naquele que é, até hoje, visto como um dos melhores jogos da franquia pelos fãs.
Um universo de histórias em crescimento
Temos aqui um prêmio bem específico, é verdade, mas que também serve como testamento da carreira de Hideo Kojima. Em 2014, ele entrou para o livro Guinness dos Recordes como o Produtor Mais Prolífico do Mundo dos Jogos Baseados em Furtividade, tendo participado da produção de nada menos do que 23 games da série Metal Gear.
Ao lado desta honraria está também outra ligada diretamente à obra do designer, considerada pelo Guinness como a série de games mais longa a contar com um universo consistente. O recorde foi registrado em 2018, na ocasião do último lançamento da saga, Metal Gear Survive — naquela época, eram quase 31 anos de atividade. Uma marca que pode ser ampliada caso, um dia, a KONAMI decida seguir adiante com a trama.
Aqui, claro, não estamos falando da série mais longa do mundo dos jogos, já que existem tantas outras bem mais antigas. O recorde se refere especificamente ao universo e sua história, com os títulos da franquia se passando em uma linha do tempo única que ia sendo complementada e ganhando eventos a cada lançamento.
Pioneirismo em narrativas
Outros recordes bastante peculiares e específicos estarão eternamente no bolso de Hideo Kojima. Foi ele, por exemplo, o primeiro designer a utilizar a camuflagem como um elemento central de jogabilidade em Metal Gear Solid 3: Snake Eater; escolher as vestimentas para o protagonista era parte integrante da furtividade, em um sistema que foi aplicado pelo criador em todos os títulos da franquia que vieram depois.
A empresa do diretor, Kojima Productions, é citada como a primeira a lançar uma graphic novel interativa para o PSP. A produção animava uma série em quadrinhos lançada em 2004, adicionando música, efeitos sonoros e outros elementos que trazem profundidade ao universo a partir de uma recontagem da história de Metal Gear Solid.
Enquanto demos são um lugar comum na indústria de jogos, o Guinness Book também lembra do saudoso P.T. como a primeira vez que um teaser de um título futuro poderia ser jogado pelos usuários. O título, que acumulou mais de 1,5 milhão de downloads, foi usado como introdução ao anúncio de Silent Hills, o primeiro game da franquia de horror a ser dirigido por Hideo Kojima, que acabaria sendo cancelado em 2015.
Recordes indiretos
A Fox Engine, motor gráfico proprietário da Konami, foi criado pela Kojima Productions no início da década de 2010 para ser a base de todos os games da empresa nos anos seguintes. E enquanto esse desenvolvimento esteve nas mãos da desenvolvedora do criador, foi outro game que estreou a tecnologia e ganhou lugar no Guinness Book: Pro Evolution Soccer 2014, lançado em setembro de 2013, quase seis meses antes de Ground Zeroes, versão preliminar de Metal Gear Solid V que estrearia os novos visuais e estilo da franquia.
O nome de Kojima também é associado ao primeiro prêmio honorário dado pelo BAFTA a uma empresa, em vez de a um indivíduo. Em 2014, a Rockstar Games recebeu a honraria Fellowship da academia britânica, com os diretores da empresa e irmãos Sam e Dan Houser recebendo a estatueta das mãos do criador de Metal Gear. Até hoje, inclusive, a produtora de GTA é a única a ter recebido a homenagem e a segunda na história da celebração, ao lado da produtora cinematográfica Merchant Ivory Productions.
Um recorde “ao contrário”, por exemplo, é associado diretamente à obra de Kojima, ainda que não conte com a participação dele. O designer já havia anunciado sua saída da Konami quando a empresa anunciou a máquina de caça-níqueis, ou pachinko, de Metal Gear Solid 3: Snake Eater. O trailer, com gráficos repaginados em um remake que jamais chegaria aos consoles convencionais, se tornou o mais descurtido do segmento no YouTube, com mais de 59,7 mil dislikes; como a métrica deixou de ser pública no site de vídeos, essa é uma marca que dificilmente será quebrada.
O Guinness Book também está cheio de speedruns ligados à franquia Metal Gear, com marcas obtidas pelos fãs da série. O japonês Hidenori Kawamoto, por exemplo, é o mais veloz a terminar Snake Eater, fazendo isso em pouco mais de 1h14; o finlandês Marko Vanhanen detém o recorde tanto no game original para MSX, com apenas 27 minutos, quanto na continuação Snake’s Revenge, finalizada em 50 minutos.
Na ponta oposta, está a maior maratona de jogatina já realizada na franquia Metal Gear, quando o americano Benjamin Reeves passou nada menos do que 48 horas jogando diferentes games da franquia em agosto de 2011. É dos EUA, também, o recorde de Tristen Geren, que passou o maior tempo deslizando dentro de uma caixa de papelão no quinto game da série, The Phantom Pain: 1min59s.
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