Nesta segunda-feira (5), o Google revelou um conjunto de iniciativas para fortalecer o processo eleitoral nas eleições municipais de 2024. Entre as principais ações estão a ampliação da parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), iniciada em 2014, e a introdução de novos recursos na Busca para conectar eleitores a informações confiáveis.
No evento de apresentação das novas ações da big tech, Fábio Coelho, presidente da companhia no Brasil, destacou o papel da empresa na democratização da informação: “O Google, por meio de suas plataformas, desempenha um papel fundamental na democratização da informação”, disse. “Nosso maior objetivo é continuar contribuindo para o processo democrático, garantindo a liberdade de expressão e a participação cidadã”, completou.
Ainda durante o evento, representantes do Google destacaram a importância de fornecer informações precisas e acessíveis aos eleitores, especialmente em tempos de desinformação crescente. “Nosso compromisso com a democracia e com o processo eleitoral no Brasil é inabalável. Estamos investindo em tecnologia e parcerias para garantir que todos tenham acesso às informações necessárias para tomar decisões informadas nas urnas”, afirmou Flávia Annenberg, gerente de políticas públicas e relações governamentais do Google.
Um dos destaques da apresentação foi a doação de mais de R$ 4 milhões pela Google.org, braço filantrópico da empresa, para o programa Educamídia, do Instituto Palavra Aberta. O programa de educação midiática visa capacitar jovens e professores a identificar e combater a desinformação, promovendo um ambiente digital mais saudável e informativo.
Além disso, o Google anunciou novas parcerias com organizações jornalísticas, reforçando a colaboração para a disseminação de informações precisas e verificadas. A agência de checagem Lupa, por exemplo, expandirá o “LupaScan”, uma ferramenta que permite a jornalistas e pesquisadores monitorar e analisar publicações de políticos nas redes sociais. O Aos Fatos aplicou recursos no desenvolvimento da “Busca Fatos”, um sistema que assiste a vídeos com discursos de autoridades políticas, identifica declarações que podem ser verificadas e as conecta com fontes de informação confiáveis relacionadas ao tema.
O Google também destacou como seus serviços de Busca e YouTube estão comprometidos em conectar os brasileiros a informações de qualidade. Na Busca, usuários serão direcionados a informações oficiais do TSE ao pesquisarem por termos como “título de eleitor”, “como votar” e “onde votar”. Nas eleições de 2022, esses recursos foram visualizados quase 240 milhões de vezes, facilitando o acesso dos eleitores a informações sobre regularização do título de eleitor, locais de votação e procedimentos de votação. A Play Store lançou a Play Badge para identificar facilmente aplicativos governamentais oficiais, com mais de 2 mil aplicativos já verificados.
No YouTube, banners de utilidade pública na página inicial direcionaram os usuários para informações oficiais do TSE sobre regularização do título de eleitor em maio deste ano. Em outubro, novas versões desses banners conectarão os usuários a informações sobre como votar e resultados das eleições. Painéis de informações e checagem de fatos também serão exibidos em buscas relacionadas a eleições municipais. Em 2022, a plataforma exibiu recursos semelhantes mais de 6,5 bilhões de vezes no Brasil, promovendo a integridade eleitoral e fornecendo informações essenciais aos eleitores, segundo a empresa.
Como parte de sua abordagem responsável em inteligência artificial, o Google implementou uma série de medidas para maximizar o uso benéfico da IA e mitigar seu impacto negativo. A empresa restringiu as respostas a consultas relacionadas às eleições no Gemini, recomendando aos usuários que utilizem a Busca do Google. Além disso, a empresa lançou o SynthID, uma ferramenta em beta que adiciona marcas d’água imperceptíveis a imagens e áudios gerados por IA.
A Busca do Google também oferece recursos como “Sobre esta Página” e “Sobre esta Imagem”, que fornecem contexto adicional sobre sites e imagens encontrados nos resultados de pesquisa, ajudando os usuários a verificar a origem das informações. O YouTube, por sua vez, introduziu medidas para que os criadores sinalizem quando um conteúdo foi alterado ou gerado por IA, com avisos na descrição ou na frente do player de vídeo. Em casos de não conformidade, a plataforma pode aplicar penalidades, incluindo a remoção de conteúdo. Recentemente, o YouTube atualizou seu processo de denúncia para conteúdos gerados por IA que imitam a aparência ou voz de indivíduos, permitindo que os afetados solicitem a exclusão desses materiais.
No evento, o Google também reforçou a atualização da política de conteúdo político do Google Ads para as eleições brasileiras deste ano. Desde maio, a empresa passou a restringir anúncios com conteúdo político-eleitoral no Brasil, em conformidade com a Resolução do TSE nº 23.732/2024. Para garantir a aplicação dessas políticas, o Google utiliza uma combinação de sistemas automatizados e revisão humana, além de oferecer canais de denúncia para que qualquer pessoa possa relatar suspeitas de violações.
O Google também destacou a importância da parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na promoção de um ambiente eleitoral mais transparente e confiável. O ministro Floriano Azevedo Marques Neto reforçou a abordagem do TSE em relação às mídias sociais. “A justiça eleitoral não pretende ser castradora nem carrasco das plataformas. Nosso objetivo é lidar com o ambiente tecnológico desafiador e criar mecanismos para que esse ambiente seja o mais limpo possível”, disse.
Marques Neto explicou que o TSE está comprometido em desenvolver e implementar ferramentas e diretrizes que promovam a integridade das eleições. “Estamos trabalhando para garantir que as plataformas digitais operem de forma a respeitar as normas eleitorais e combater a desinformação”, acrescentou. Segundo ele, o TSE tem reforçado a cooperação com empresas de tecnologia para criar um ambiente digital mais seguro e transparente, facilitando o acesso a informações corretas e combatendo práticas prejudiciais que possam influenciar o processo eleitoral.
E vem aí o GazzSummit Agrotechs
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Fonte: gazzconecta
