O aplicativo Threads, concorrente do Twitter, foi barrado na Europa por não estar “adequado a seguir regras mais duras”. O app foi lançado na quarta-feira 5 pela Meta, empresa dona do Instagram, Facebook e WhatsApp.
De acordo com a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, que regula o assunto na União Europeia, o aplicativo ainda não está pronto para respeitar as regras do bloco em relação à gestão e à conservação de dados.
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“O problema não é o pluralismo das redes sociais, o problema é regulamentá-las segundo princípios de garantia”, disse Pasquale Stanzione, presidente da Autoridade Italiana de Proteção de Dados, em entrevista à agência de notícias Ansa.
A posição europeia “não pode ser vista como um limite à difusão das novas tecnologias”, acrescentou Stanzione. “Elas devem existir, mas orientando-se para a democratização e a proteção das pessoas.” Mesmo sem a Europa, a plataforma conseguiu cerca de 10 milhões de usuários nas primeiras sete horas depois de seu lançamento.
Conflito entre o novo aplicativo da Meta e o Twitter
Em reação ao Threads, o Twitter, do bilionário Elon Musk, adotou algumas medidas, como a volta da leitura de tuítes para usuários não cadastrados, que havia sido suspensa.
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O limite tinha impossibilitado que os leitores lessem publicações em sites que incorporam tuítes. Conforme o portal Endgadget, outro problema era que, com a mudança, o Google parou de indexar links do Twitter aos resultados de pesquisa, o que acarretou na queda de anúncios publicitários na rede.
Depois de 11 anos sem publicar nada na rede social de Musk, Zuckeberg fez uma publicação “provocativa” no Twitter na quarta-feira.
Em resposta, Musk disse que “é infinitamente preferível ser atacado por estranhos no Twitter do que se entregar à falsa felicidade de esconder a dor no Instagram”.
O lançamento da Threads também se beneficiou do mal-estar entre os usuários do Twitter depois da implementação de um limite de visualizações de tweets por dia. Assinantes do Twitter Blue — modo pago do app com recursos exclusivos — passaram a poder ver 6 mil publicações, enquanto os demais ficaram restritos a 600.
Fonte: revistaoeste