Sophia @princesinhamt
Tecnologia

E se o Santa Monica Studio fizesse um Castlevania?

2025 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Tentar revitalizar uma franquia consagrada é certamente uma das apostas mais difíceis e arriscadas que existem, mas isso não parece ter assustado o pessoal do Santa Monica Studio. Com o God of War de 2018 e a sua continuação tendo levado a saga de Kratos a outro nível, pelo menos um dos funcionários da desenvolvedora gostaria de fazer o mesmo com o Castlevania.

O responsável por encher de esperança os fãs da franquia da Konami foi Eric Williams, ninguém menos que o diretor do God of War Ragnarök. Ao participar da gravação de um podcast do canal Kinda Funny Games, ele falou sobre os próximos passos da sua carreira e do seu interesse pelo Castlevania.

“Vou me meter em tantos problemas… Vocês [do podcast] podem fazer isso acontecer, porque possuem um público mundial aqui… Eu não sei o que farei a seguir, mas se alguém me desse a licença do Castlevania, nós adoraríamos fazer isso.”

Mas se num primeiro momento a declaração do game designer pode soar como um tiro no escuro ou um simples sonho que jamais seria realizado, se olharmos para o passado recente da Konami ela não parece tão absurda assim.

Após passar vários anos voltando suas forças para os dispositivos mobile e máquinas de pachinko, a Konami decidiu mudar novamente sua estratégia e nos últimos meses tem dado maior atenção às suas franquias. Isso pôde ser visto, por exemplo, durante a última Tokyo Game Show, quando a editora anunciou as promissoras remasterizações dos dois primeiros Suikoden. Contando com gráficos refeitos e uma nova jogabilidade, esta deverá ser uma ótima oportunidade para um público novo conhecer os lendários RPGs.

Além disso, um concurso realizado pelos japoneses e cujo objetivo era encontrar estúdios indies dispostos a revitalizar franquias antigas apontou o criador do LaMulana como grande vencedor. Agora, caberá a ele recriar o The Maze of Galious, jogo que estreou no MSX em 1987 e depois recebeu uma versão para o Nintendinho.

Tudo isso demonstrava que a Konami havia percebido que possui várias marcas poderosas nas mãos e que mesmo sem querer se dedicar a criar jogos internamente, seria possível explorar algumas franquias deixando-as nas mãos de outros estúdios. Porém, faltava a aposta em algo com um número maior de admiradores, algo como um Silent Hill e isso felizmente aconteceu.

Em outubro de 2022 a empresa anunciou que não um, mas quatro capítulos estão sendo criados para a franquia, incluindo um remake para o Silent Hill 2 e que ao usar a Unreal Engine 5, promete entregar um visual de cair o queixo. Se essas investidas resultarão em títulos que agradarão os fãs, ainda é cedo para sabermos, mas pelo menos aqueles que estavam órfãos por tanto tempo agora tem no que se agarrar.

Já em relação ao interesse de Eric Williams, se desconsiderarmos o lançamento de algumas coletâneas, a última vez que vimos o lançamento de um Castlevania foi em 2014, com o Lords of Shadow 2. Embora tal jogo não tenha sido muito bem recebido, ele também serve para nos mostrar que as palavras de um dos principais responsáveis pelo God of War Ragnarök podem dar frutos.

Para começar, precisamos lembrar que os dois Lords of Shadow foram desenvolvidos pelo MercurySteam, um estúdio espanhol que recebeu carta-branca para fazer modificações profundas na franquia. Funcionando como um jogo 3D, eles optaram por uma abordagem mais cinematográfica, muito influenciada pela colaboração do Kojima Studio na criação do primeiro jogo.

Na verdade, eu sempre achei que de Castlevania mesmo aquele jogo tinha pouco, com sua jogabilidade lembrando muito… adivinhe? Justamente a franquia God of War antes do jogo que colocou Kratos na mitologia nórdica. Sendo assim, se tivesse que pensar numa equipe para ressuscitar a história do clã Belmont, acredito que poucas seriam mais indicadas do que a do Santa Monica Studio.

Um Castlevania nos moldes do God of War de 2018 me parece algo que poderia fazer um enorme sucesso, mesmo sabendo que os melhores capítulos da franquia da Konami são aqueles em duas dimensões. Com a capacidade daqueles profissionais e todo o dinheiro que a Sony poderia injetar no projeto, provavelmente veríamos a criação de um jogo estupendo, com potencial para colocar o Castlevania novamente em evidência e até mesmo conquistar uma nova legião de fãs.

No entanto, essa passagem de bastão poderia resultar em dois grandes problemas, com o primeiro deles sendo uma provável exclusividade para o PlayStation 5. Depois de um tempo o jogo até poderia aparecer nos computadores, mas dificilmente ele seria disponibilizado também nos consoles da Microsoft.

Já o outro ponto negativo que vejo nessa possível pareceria seria a sensação de que o “Castlevania made by Santa Monica Studio” não passaria de um God of War com outra roupagem. Se isso acontecesse, as críticas fatalmente seriam pesadas e por isso a desenvolvedora teria que se esforçar bastante para não cair na tentação de apenas repetir o que acertaram nesta nova etapa das aventuras do Kratos.

Obviamente, tudo isso não passa de especulação, pura vontade de ver um estúdio renomado poder colocar as mãos numa franquia que tanto adoro e que tem sido tão maltratada. Portanto, caso a Konami não ache uma boa fechar com o estúdio da Sony, que procurem a FromSoftware. Eu já até posso ver a mensagem “You Died” aparecendo na tela.

E se o Santa Monica Studio fizesse um Castlevania?

Fonte: terra.com.br/gameon

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.