Dragon Quest é uma das franquias mais cultuadas da história dos videogames e foi responsável por introduzir os elementos que praticamente definiram o gênero RPG, mas ela também conta suas histórias através de spin-offs que se aventuram em direções diferentes daquelas que tornaram a saga um clássico.
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Dragon Quest Treasures é o mais novo deles. Desenvolvido e publicado pela Square Enix, o jogo chega exclusivamente ao Nintendo Switch em 9 de dezembro e abandona os combates por turnos e os enredos elaborados para cumprir uma missão simples: divertir.
Treasures é protagonizado pelos irmãos Erik e Mia, dois órfãos que vivem em um dracar e sonham em trilhar suas próprias aventuras. O jogo tem conexão com Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age, lançado em 2017, e acontece anos antes dos eventos que tornaram Erik um herói na última entrada da série principal.
Em uma noite de festa viking, os irmãos resolvem fugir da embarcação viking, libertam duas criaturas sobrenaturais que serão mascotes durante toda a jornada, Porcus e Purrsula, chegam em uma ilha misteriosa onde encontram duas adagas mágicas – aparentemente de importância ímpar na narrativa – e, pouco depois, são transportados misteriosamente para Draconia. Nesses momentos iniciais, o jogador é apresentado aos tutoriais de furtividade e uso do estilingue, recursos que serão essenciais no decorrer da aventura, além de ter contato com o primeiro quebra-cabeças do jogo e com a mecânica de alternância entre os protagonistas, que inicialmente acontece apenas de maneira automática.
Pouco após chegarem em Draconia, os irmãos são separados, e Treasures começa a mostrar suas particularidades. Enquanto procura por Erik, Mia faz amizade com uma simpática criatura chamada Oozabella, que é capaz de localizar tesouros escondidos pelo cenário, e entra em alguns duelos. Ao contrário da série principal, os combates não são baseados em turnos: Treasures tem batalhas dinâmicas em tempo real, com o protagonista podendo usar sua adaga e seu estilingue como armas ou recursos de suporte para os outros monstrinhos enquanto se movimenta livremente pelo cenário.
Já na exploração, os objetivos do jogo são bem definidos e, com a ajuda de um mapa da região conseguido logo no início, pouco impõem dificuldade. Além de Oozabella, outras criaturas podem ser recrutadas para o grupo no decorrer da campanha e, além de ajudarem em batalha, têm habilidades essenciais para a exploração: por exemplo, morcegos são capazes de voar e levar os protagonistas para lugares que seriam inacessíveis de outra forma; alguns animais servem como montaria e são rápidos o suficiente para percorrer longas distâncias rapidamente; e há até mesmo fantasmas que auxiliam na furtividade.
Esses elementos tornam a exploração um quebra-cabeça de possibilidades quase infinitas, exigindo apenas criatividade para alcançar os tesouros mais escondidos espalhados por Draconia e sempre mantendo a liberdade no horizonte entre uma missão e outra. A história do jogo é centralizada nas Dragonstones, sete pedras misteriosas capazes de cumprir uma antiga profecia e alvo da busca não só dos protagonistas, mas também de duas gangues rivais.
Embora tenha um início lento, com diálogos excessivos que muitas vezes apenas explicam o óbvio, Dragon Quest Treasures é promissor e, acima de tudo, divertido. A caça ao tesouro tem propostas simples, mas que funcionam muito bem, além de personagens carismáticos e engraçados, desde os mais secundários até os mais importantes, e é ilustrada pelos belíssimos gráficos que já se tornaram marca registrada da franquia.
Depois dos excelentes Dragon Quest Builders, Treasures chega com ideias novas que, mesmo que não tenham tanta personalidade, cumprem seu papel. Infelizmente, não há dublagem ou legendas em português, o que pode ser um fator decisivo antes da compra para muitos. Ainda assim, parece ser uma excelente entrada para o Nintendo Switch.
Dragon Quest Treasures chega em 9 de dezembro exclusivamente para Nintendo Switch.
*Essa prévia foi feita com um código do jogo gentilmente cedido pela Square Enix.
Fonte: terra.com.br/gameon
