Uma equipe de cientistas registrou uma foto digitalizada de um homem de neandertal, que viveu há cerca de 56 mil anos. A imagem revelou “características inesperadas”.
Os especialistas produziram a fotografia com base em restos de esqueletos descobertos em uma caverna, na região central da França, em 1908.
Conforme as estimativas dos cientistas, o homem de Neandertal provavelmente tinha 60 anos quando morreu.
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Os pesquisadores publicaram o estudo e as fotografias no site , em outubro deste ano.
Homem de Neandertal mostrou-se diferente do previsto
O retrato digital do rosto do neandertal possui características dos humanos que viveram naquele período, como sobrancelha grande e contínua, base craniana plana, abertura nasal larga e até o queixo menor.
Crânio longo e baixo e órbitas oculares enormes também são outros traços identificados. No entanto, a imagem obtida no estudo não mostrava um visual tão “brutal” quanto o estereótipo estabelecido pelos cientistas.
A descoberta está alinhada com outras pesquisas, que sugerem uma aparência distante da dos macacos, como são normalmente retratados.
“Muitas vezes pensamos que conhecemos muitos neandertais, mas a nossa compreensão da sua anatomia e fisiologia está sempre a evoluir e com ela a nossa percepção deles”, disse Luca Sineo, um dos coautores do artigo, em entrevista ao site Live Science.
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Francesco Galassi, outro coautor do estudo e professor de antropologia física na Universidade de Lodz, afirmou que a imagem revelou uma perspectiva totalmente nova da aparência desses hominídeos.
“As imagens retratavam normalmente os neandertais, parecendo mais robustos e brutais”, disse Galassi ao tabloide The Sun. “Mas acontece que sua aparência pode ser muito mais parecida com a dos humanos do que as pessoas imaginavam.”
Alguns especialistas também acreditam que, além de visualmente parecidos com o , os neandertais tinham uma inteligência semelhante.
Como a imagem foi produzida
A pesquisa incluiu também o uso de marcadores de espessura de tecidos moles, recolhidos em exames feitos em indivíduos modernos.
“Geramos duas imagens, uma mais objetiva, apenas com o busto em tom sépia, sem cabelos, e outra mais especulativa e colorida, com barba e cabelos”, disseram os pesquisadores.
A ideia dos cientistas era combiná-los com o formato dos ossos da face do esqueleto encontrado. Assim, fariam uma nova modelagem, que permitiria mostrar um visual aproximado do rosto da pessoa.
Fonte: revistaoeste