Reza a lenda que um empreendedor e seu conselheiro, um empresário mais experiente, entraram em bar bar. O empreendedor, então, faz a seguinte pergunta: “E se eu treinar e o colaborador sair?”. A resposta logo veio do conselheiro: “Esse é o medo de todo empresário. Mas e se você NÃO treiná-lo e ele ficar?”.
“Pior do que treinar um funcionário e vê-lo sair, é não treinar o funcionário e vê-lo ficar”. Esta frase é do empresário e escritor Henry Ford. Ela mostra a importância da prática do treinamento já no início do século XX. Nessa época, Ford buscava estimular a produtividade e diminuir o desperdício de materiais durante o processo produtivo.
Empresário, entenda: é compreensível ter preocupações sobre investir em treinamento e desenvolvimento de colaboradores e, posteriormente, eles deixarem a empresa. Há aquela crença de que você fez algo em vão, de que perdeu tempo, gastou energia e dinheiro à toa, além de ter criado um possível “concorrente”.
Embora esse seja um risco diário, é importante lembrar que a cultura de aprendizagem contínua, o chamado lifelong learning, transforma o ambiente institucional e o potencial do seu negócio.
Segundo a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), o Brasil acumula números amargos a respeito do investimento anual das empresas em T&D (treinamento e desenvolvimento). Calcula-se uma média de R$ 758 por colaborador. Enquanto isso, nos Estados Unidos, investe-se aproximadamente US$ 1.267, o que corresponde a pouco mais de R$ 6.900 em cotação atual – uma diferença de 831%.
Hoje, no ecossistema de negócios, costumamos empregar dois conceitos relacionados às habilidades, conhecimento e competência dos profissionais, que devem fazer parte das práticas de uma empresa que preza pelo seu desenvolvimento:
- Upskilling: aperfeiçoamento das habilidades já existentes para atuar de maneira mais eficaz em sua posição atual e construir uma carreira mais sólida;
- Reskilling: proporciona ao colaborador a oportunidade de desenvolver novas habilidades, permitindo-lhe trabalhar em áreas distintas daquelas em que atua atualmente.
De acordo com a IBM Training, quando as equipes são bem treinadas, há um aumento de 10% na produtividade e uma economia anual de US$ 70 mil. Por isso, digo que ambos investimentos de qualificação beneficiam empresa, gestão e colaboradores. Enumero, aqui, as razões:
- Oferecendo oportunidades de crescimento e desenvolvimento aos profissionais, as chances de reduzir o turnover e, consequentemente, os altos custos agregados a ele, são maiores;
- Possibilita a reestruturação da força de trabalho, por meio da realocação dos colaboradores diante de possíveis mudanças no mercado ou redução de custos;
- Colaboradores não treinados significam baixo valor de produção, maior chance de erros, mais tempo demandado para exercer tarefas e mau uso das ferramentas disponíveis, entre outras consequências. O resultado é pouca entrega e clientes insatisfeitos.
Mas, se ainda assim um funcionário treinado decidir sair, saiba que o conhecimento adquirido pode permanecer na empresa, contribuindo para um ambiente de trabalho mais qualificado e possibilitando a transferência de habilidades para outros membros da equipe.
Portanto, embora haja sempre um risco associado ao treinamento de funcionários que podem deixar a empresa, os benefícios a longo prazo superam os possíveis desafios, ajudando a criar uma cultura institucional mais forte e preparada para enfrentar mudanças.
Se treinar e ficar, é lucro. Se não treinar e ficar, é prejuízo. Se treinar e sair, você investiu em um dos requisitos básicos para que sua empresa pudesse prosperar: a capacitação da força de trabalho, algo escasso no Brasil.
Você, empresário, já treinou e viu o colaborador abandonar o seu posto? Conta pra mim lá no Instagram ou no LinkedIn.
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Fonte: gazzconecta