O governo brasileiro, através do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), aprovou a compra da Activision Blizzard pela Microsoft. O anúncio ocorreu originalmente em janeiro deste ano, pelo valor de US$ 68,7 bilhões (cerca de R$ 379 bilhões em conversão direta), e colocará a dona do Xbox no terceiro lugar do pódio das maiores empresas de games do mundo.
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Em sua justificativa, o CADE afirmou que não é seu trabalho proteger a posição ou os interesses da Sony e da PlayStation. Eles também acreditam que, mesmo que a Microsoft tornasse Call of Duty exclusivo de Xbox, isso não tornaria o mercado anticompetitivo. Ambas as empresas trocaram farpas em e-mails revelados pelo órgão.
Leia na íntegra:
“Ademais, é importante destacar que o objetivo central da atuação do Cade é a proteção da concorrência enquanto meio de promover o bem-estar do consumidor brasileiro, e não a defesa de interesses particulares de concorrentes específicos. Afinal, não se pode perder de vista que o titular dos bens jurídicos protegidos pela Lei nº 12.529/2011 é a coletividade, e não o concorrente/agente econômico como ente individual. Nesse sentido, ainda que se reconheça que parte dos usuários do PlayStation pode decidir migrar para o Xbox na hipótese de os jogos da Activision Blizzard – e especialmente Call of Duty – se tornarem exclusivos para o ecossistema da Microsoft, a SG/Cade não acredita que tal possibilidade represente, por si só, um risco à concorrência no mercado de consoles como um todo.”
O Brasil foi um dos primeiros países a aprovar a compra. Em agosto, a Arábia Saudita declarou não ter “objeção” à compra. Essa análise está sendo feita por diversas nações do mundo, a fim de verificar se aquisição prejudicará a competitividade do mercado. Espera-se que a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) dê seu parecer até o fim de novembro. Já o Reino Unido o fará até o dia 1º de março de 2023.
Nessa semana, a Microsoft publicou uma página no site oficial explicando ao público os benefícios de comprar a Activision Blizzard. Também estão disponíveis entrevistas com executivos, como Phil Spencer, chefe da Microsoft Gaming, e Satya Nadella, CEO da Microsoft.
Para os jogadores, por exemplo, a empresa promete que haverá:
- Mais jogos em mais dispositivos, incluindo Xbox, PlayStation, celulares e online.
- Escolha em como e onde as pessoas compram jogos com assinatura e opções de compras únicas.
- Para 95% dos jogadores que jogam no celular, alternativas para ofertas de jogos de plataformas mobile dominantes
Nota do editor: neste momento, a Activision Blizzard está sendo investigada por denúncias de assédio sexual, assédio moral e má conduta.
Fonte: Cade, VGC (1, 2, 3), Wccftech
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