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Anime Mercenários dá vida nova ao mundo de Cyberpunk

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Desde seu lançamento, Cyberpunk 2077 ficou marcado como um jogo problemático, tanto pelos bugs que infestavam o game quanto pelas versões para os consoles PlayStation 4 e Xbox One, muito abaixo do jogo de PC – e das atuais versões para PS5 e Xbox Series X/S.

As críticas e problemas do jogo acabaram encobrindo suas qualidades, entre elas o futuro incrível, violento e sombrio em que os personagens, mercenários em busca de fama e fortuna, vivem sempre no limite. O anime Cyberpunk: Mercenários se baseia no mesmo cenário e livre das amarras dos games, consegue soprar vida nova ao mundo de Cyberpunk.

O Game On assistiu aos dois primeiros episódios de Mercenários, produção da CD Projekt RED em parceria com o Studio Trigger e a Netflix. A série estreia no streaming no dia 13 de setembro, com 10 episódios e opções de dublagem em português, inglês ou com o áudio original, em japonês.

Dirigido por Hiroyubi Imaishi, Cyberpunk Mercenários não esconde o DNA do diretor de Gurenn Laggan e Kill la Kill, combinando uma estética super estilosa e moderna com sensualidade e violência – mistura que funciona perfeitamente com o mundo de Cyberpunk. O anime acompanha o jovem colegial David Martinez, que após um acidente trágico, vê sua vida descer pela descarga e se torna mais um criminoso em Night City. Mesmo inexperiente, Martinez atrai a atenção de grandes corporações e quadrilhas da cidade, não por ser quem ele é, mas por causa do implante valioso que carrega.

Os fãs do game vão ficar felizes em ver Night City ganhar vida no anime, seja com situações parecidas com as do jogo, como as pessoas perdidas assistindo BDs (pense no Youtube, mas em realidade virtual transmitida direto no seu cérebro), ciberpsicopatas e a polícia lutando nas ruas e nos detalhes, como as referências às gangues da cidade, o uso de implantes de combate e várias outras pequenas coisas que fazem de Mercenários uma representação autêntica do mundo de Cyberpunk.

O anime também expande esse mundo: há uma escola, onde jovens são treinados para formar a próxima geração de executivos de uma grande corporação. Há uma sequência muito bonita de realidade virtual (e não de Braindance) e outros elementos que exploram nuances da vida em Night City. Já pensou o que aconteceria se V não tivesse grana para usar os eletrodomésticos do seu apartamento no game? Em Mercenários, você vai descobrir.

É bom avisar: assim como o jogo, Cyberpunk: Mercenários não é para crianças. Há nudez e relações sexuais explícitas, além da violência escancarada. E assim como obras anteriores do Studio Trigger, há uma sexualização exagerada das personagens femininas. Não é nada super exagerado, ao menos quando comparado com Kill la Kill ou outros animes, mas com certeza, incomoda pela gratuidade.

Assisti ao primeiro episódio dublado em português e foi bem OK, mas ao ver o segundo com o áudio em japonês e legendas em nosso idioma, já sei qual vai ser minha opção para quando assistir os próximos. A trilha sonora, por sinal, é toda licenciada e traz várias faixas bacanas, de artistas atuais, e que combinam com o ritmo acelerado da animação – mas seria legal ouvir também algumas das músicas compostas para o videogame. Quem sabe nos próximos episódios?

Com 10 episódios, Cyberpunk: Mercenários estreia em 13 de setembro na Netflix.

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