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Tecnologia

A importância da liderança executiva para impulsionar a inovação nas empresas

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Em palestra recente do procurador federal Bruno Portela, servidor que dirige o pioneiro Laboratório de Inovação da Advocacia Geral da União (o Labori, vinculado diretamente ao gabinete do ministro) e foi um dos idealizadores no novo marco legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), restou clara a importância do apoio da alta gestão para promoção da inovação nas organizações, em especial às públicas, tradicionalmente muito ortodoxas.
Bruno enfatizou os eixos prioritários definidos pela alta gestão ao Labori: inovação na gestão do conhecimento, soluções jurídicas inovadoras para políticas públicas, sustentabilidade socioeconômica e ambiental, governança pública, transformação digital, e métodos adequados de soluções de conflitos. Na minha percepção, uma clara mensagem de necessidade de mudança de postura de pensamento e de cultura organizacional foi dada.  
A palestra me fez refletir sobre a importância de que as medidas de acompanhamento da implementação de políticas de inovação sejam percebidas como estratégicas pela alta gestão e determinadas por ela. Diversas parecem ser as vantagens, como a celeridade nas decisões de alteração de rumo da política, ajustes de projeções de recursos e orçamento, aumento da qualidade e eficiência operacional da política pública, maior dificuldade de interferências externas nas tomadas de decisões, bem como a comprovação de efetividade do desenho. 
Nos discursos políticos nacionais e estaduais, muito se destaca a necessidade de democratização das temáticas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. A dita popularização é, inclusive, cristalizada em órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a Secretaria de Popularização da Ciência, que apoia feiras e olimpíadas científicas, museus e centros afetos à temática e promove a semana nacional de ciência e tecnologia.
No Paraná, a Secretaria de Estado da Inovação, criada há pouco mais de um ano, recentemente destinou recursos da ordem de quinze milhões para a regionalização de espaços coworkings (áreas de fabricação digital e prototipagem) em cidades polo pelo interior, promoveu um ideathon (evento para criar ideias inovadoras) para alunos do ensino médio focado em discussões dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (metas globais estabelecidas pelas Nações Unidas) e sua aplicação na vida cotidiana paranaense, e apoiou diversos eventos que promoveram a cultura da inovação pelo estado. 
Essas diversas ações possuem a força de disseminar a temática, fazendo com que estes assuntos contemporâneos cheguem à casa dos brasileiros, ao filho do seu João e da dona Maria. Entretanto, há necessidade de que estas políticas públicas, com aporte de recursos humanos, financeiros e materiais consideráveis, sejam tecnicamente implementadas e avaliadas, por meio de indicadores claros, com aferição de resultado de impacto, sendo monitorados com cadência e perenidade pelos órgãos e entidades que as promovem. Para isso, a cultura da inovação deve estar na cabeça dos servidores públicos, incluindo os agentes políticos – e de forma técnica e não populista. 
Essa transparência facilita, inclusive, o acompanhamento dos processos de accountability pela sociedade civil organizada e sua legitimidade, prevenindo a aleatoriedade ou do predestino de fatores no enfrentamento de um problema público brasileiro, vivenciado em todos seus estados e municípios, a fragilidade de ter um desenvolvimento regional robusto em suas vocações. 
E aqui destacamos o modelo das gestões municipais de Curitiba, que têm se destacado internacionalmente como inovadoras e não só atualmente, mas com constância. O apoio direto pelo gabinete do prefeito à iniciativas como o Smart City Expo Curitiba, os projetos como a pirâmide solar no Caximba, o incremento dos Faróis do Saber como espaços makers, o fortalecimento do ecossistema com o Vale do Pinhão são algumas das inúmeras expressões de caminhos trilhados no afã de ser realidade o discurso.
No Estado, a criação de uma secretaria específica para a área de inovação em 2023, ligada diretamente à governadoria, e o recente anúncio de criação de um novo Ambiente Promotor de Inovação, a Fábrica de Ideias, espaço de mais de 35 mil metros quadrados, para fomento da cultura, economia criativa e CT&I são indicativos de que a alta gestão sinaliza como estratégicas as políticas públicas de inovação para apoiar o desenvolvimento regional de longo prazo em nível nacional.
 

Fonte: gazzconecta

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo