Todo mundo que era criança nos anos 2000 lembra de Digimon, o concorrente de Pokémon que inclusive salvou a audiência das manhãs da TV Globo e abriu as portas da emissora para outroas clássicos como Sakura Card Captors, Dragon Ball Z e Monster Rancher.
Mas afinal, do que exatamente se trata Digimon? Você se lembra da história e de toda a trama envolvendo os Digiescolhidos e seus brasõse? No vídeo de hoje, trazemos a história completa da primeira fase de Digimon, em um resumo.
O Digimundo
Digimon começa com sete crianças no acampamento de verão depois de uma série de eventos climáticos, que faz com que neve em pleno verão. De repente, cada uma das sete crianças recebe um aparelho parecido com um relógio chamado “Digivice” e uma onda vinda do nada os leva para o Mundo Digital, um mundo fantástico que também é o lar dos Digimon.
De repente, todos eles encontram seu próprio parceiro Digimon. Tai é o líder do grupo, e seu parceiro é o Agumon. Sora é o membro mais equilibrado do grupo, e sua parceira é a Biyomon.
Matt e T.K. são irmãos com pais divorciados. Matt parecer ser frio e distante, mas na verdade ele é muito atencioso, e seu parceiro é o Gabumon. T.K. é o mais novo do grupo e o que mais se empolga com tudo, tendo como parceiro o Patamon, um Digimon que não consegue digivolver.
Izzy é o mais inteligente do grupo, sempre querendo aprender mais sobre o Digimundo, e seu parceiro é o Tentomon. Joe é o mais velho dentre as crianças, sendo também o mais medroso e cuidadoso, além te de ter como parceiro Digimon o Gomamon, que serve como um contraste divertido e extrovertido para o fechado Joe.
E finalmente temos Mimi, que inicialmente é mostrada como um menina rasa que só quer voltar para casa, mas com o decorrer dos episódios vai recebendo mais desenvolvimento; sua parceira é a Palmon.
O Arco de Devimon
Os primeiros episódios de Digimon são utilizados para introduzir ameaças menores, de forma a mostrar a digievolução de cada um deles. Após isso, somos finalmente apresentados ao grande mal dessa primeira parte da história, Devimon, que controla as Engrenagens Negras que deixam os Digimon malignos.
Devimon separa todas as crianças, e enquanto eles estão tentando encontrar uns aos outros novamente, a série trabalha algumas duplas, onde aprendemos mais sobre os personagens e suas relações. Um destaque desse arco é a parceria entre os opostos Tai e Matt.
Tai quer voltar sozinho para ir atrás de Devimon, enquanto Matt quer encontrar os outros, especialmente seu irmão. Os dois acabam brigando e caindo de um penhasco, que é quando Matt revela como se sente responsável pela segurança de T.K., especialmente porque ele se sente culpado por não estar presente na vida do irmão mais novo após a separação dos pais.
Quando as crianças finalmente se encontram, eles são informados de seus destinos por Leomon. Ele os explica que foram trazidos até o Digimundo para protegê-lo do mal, e o Digivice conecta a criança ao seu parceiro Digimon, dando-lhe o poder de digivolver. A melhor chance de voltarem para casa é cumprindo seu destino e derrotando Devimon – o que se mostra impossível.
É nesse momento que o Patamon, o único que não havia conseguido digivolver até então, finalmente consegue se transformar em sua forma mais poderosa, o Angemon. Ele usa toda sua energia para derrotar Devimon, voltando a ser apenas um digi-ovo após isso.
O Arco dos Brasões
Digimon conta sua história principalmente através de quatro arcos distintos, todos com um chefão final claramente definido. O Arco de Devimon serve para apresentar o mundo e os personagens de Digimon, e logo já entramos no arco seguinte.
Depois de derrotar Devimon, as crianças são enviadas em uma missão através do oceano para coletar os brasões, pequenos emblemas que podem ajudar seus Digimon a alcançarem a próxima fase de digievolução e, quem sabe, levá-los de volta para casa.
No entanto, ao viajar pelo novo continente, o grupo é perseguido por um novo Digimon maligno, que aparentemente é só um chimpanzé músico que quer impedi-los de coletar os brasões, o bizarro Etemon. Enquanto o primeiro arco colocou as crianças contra uma vilão com aparência demoníaca, o segundo arco faz parecer que o novo inimigo é um tanto… bobo.
No entanto, o verdadeiro propósito do arco é levar o desenvolvimento dos personagens a um novo nível, já que os brasões que eles precisam encontrar são vinculados a uma qualidade ou característica particular que cada criança representa, sendo eles: Coragem, Amizade, Amor, Conhecimento, Sinceridade, Confiança e Esperança.
Os requisitos para o Digimon alcançar seu próximo estágio é a criança estar ciente de sua maior característica, e também geralmente acontece quando estão em perigo. A prova de que isso não é tão fácil assim de conseguir é quando Tai tenta forçar seu brasão da coragem colocando-se em perigo, o que corrompe a digievolução, transformando Agumon no assustador Skull Greymon.
A transformação real acontece em um momento muito mais íntimo, quando Tai aceita que o Digimundo não é um videogame e que seus perigos trazem consequências reais. Para proteger seus amigos, ele se coloca em perigo, e esse sentimento real de medo diante de fazer algo e a coragem para superar esse medo, faz com que Agumon finalmente digivolva para Metal Greymon.
Após a batalha com Etemon, Tai acidentalmente abre uma fenda no continuum espaço-tempo e acaba voltando para casa sozinho. Ele descobre que no mundo real o tempo não passou, e está ainda no mesmo dia em que saiu para o acampamento de verão. Esse episódio é feito para ser um pouco assustador – ninguém parece perceber que Digimons gigantes estão atacando a cidade, e a irmã de Tai, Kari, age estranhamente o tempo inteiro, inclusive não se assustando com a presença de Agumon e sabendo exatamente quem ele é.
O Arco do Mundo Real
Tai eventualmente recebe um pedido de socorro do Digimundo e tem que fazer a difícil decisão de voltar, deixando sua irmã. Quando Tai retorna para o Digimundo, todos estão separados e tentando se reencontrar. Assim que finalmente o fazem, são confrontados com o misterioso vilão que esteve mantendo as crianças separadas todo esse tempo: Myotismon. O objetivo de Myostismon é ir para o mundo real em busca de algo que até então a série não havia revelado: o Oitavo Digiescolhido.
As crianças até tentam impedi-lo de ir para o mundo real, mas são impedidas por Tailmon, a Digimon gata que serve como braço-direito de Myotismon. No entanto, eles pelo menos conseguem passar pelo mesmo portal de Myotismon e voltar ao mundo real. Então descobrimos que Kari, a irmã de Tai, é o Oitavo Digiescolhido, embora as crianças demorem a perceber isso.
Descobrimos também que motivo de serem escolhidos foi porque cada uma das crianças presenciou um Digimon lutando quando eram mais novas, e que Myotismon tem o brasão de Kari em seu poder, o que claramente lhe dá vantagem sobre a situação.
Esse arco é muito interessante por levar a ação para o mundo real, aumentando as apostas. Além disso, é interessante finalmente ver suas vidas cotidianas, depois disso ter sido provocado desde o início da série, e também as formas criativas como tentam esconder seus Digimon. Seus parentes, aliás, como os pais de Izzy e o pai de Matt, tornam-se personagens coadjuvantes fortemente envolvidos na trama.
Neste ponto da série, nem todas as crianças tiveram seus brasões ativados, e isso acontece com várias delas por estarem perto de seus familiares e pela situação de stress. Enquanto as crianças continuam procurando quem é o Oitavo Digiescolhido, Myotismon está causando estragos por aí, sugando o sangue de jovens mulheres.
Descobrimos bem cedo nesse arco que Kari é a Oitava Digiescolhida, e Tailmon é a primeiro personagem que começa a suspeitar disso. E seu amigo, Wizardmon, começa a suspeitar que Tailmon é o Digimon há muito perdido de Kari. E sim, esse acaba sendo realmente o caso, e é o encontro dos dois que faz o destino de Kari finalmente ser reconhecido. E talvez você esteja se perguntando: “mas Tailmon não era uma vilã e braço direito de Myostismon?”
É nesse ponto que descobrimos a história de Tailmon. Acontece que Kari deveria ter ido para o acampamento de verão com os outros, mas ela ficou doente e não pôde ir. Então sua parceiro Digimon ficou sozinha esperando, até ser encontrada por Myotismon e levada para trabalhar para ele.
Myotismon então descobre que Tailmon é o Oitavo Digimon e usa isso para descobrir que Kari é a Oitava Digiescolhida, resultando em uma grande batalha para resgatá-la. Wizardmon então se sacrifica para salvar Kari, o que faz o brasão da garota ativar e permite que Taimon digivolva para Angewomon.
A poderosa Angewomon consegue derrotar Myostismon, mas ele se transforma em uma versão mais poderosa de si mesmo. Felizmente, Tai e Matt conseguem desbloquear as formas mais poderosas de seus Digimons, para finalmente derrotarem Myotismon de uma vez por todas.
O Arco Final
Depois de derrotarem Myotismon, fendas entre o mundo real e o Digimundo se abrem no céu, e as crianças descobrem que tem que viajar de volta para lidar com o último mal que ainda permanece por lá, um ser que já causou danos terríveis ao Digimundo, e que no passado foi derrotado pelos Digiescolhidos originais: Piedmon.
O Arco de Piedmon é uma clássica história de batalha final, onde a força dos personagens é testada, seus relacionamentos são testados e seu papel dentro do grupo são testados. Ao longo desse arco, tudo muda.
Digimons que eles conheceram ao longo da jornada estão morrendo ao seu redor, e a fonte de reencarnação dos Digimons foi desligada, o que significa que as apostas estão mais altas do que nunca. Alguns destaques são o retorno de Etemon (agora Metal Etemon) e a morte de Leomon.
Por fim, Piedmon é derrotado quando o brasão de T.K. finalmente ativa, transformando Angemon no poderoso Holy Angemon. É meio repetitivo que um Digimon se transforme em Anjo e derrote o grande vilão? É, afinal isso acontece três vezes. Mas qual é? É muito maneiro.
No entanto, olha só, Piedmon não era o vilão final. Esse papel é de Apocalymon, que é despertado quando pensamentos negativos são atraídos pela escuridão. Tão pouco se sabe sobre Apocalymon que ele pode nem mesmo ser um Digimon. Alguns afirmam que ele pode purgar o caos do ciberespaço e reduzi-lo a nada; outros afirmam que sua chegada foi mencionada em textos antigos. Independente do que seja, ele leva uma surra das crianças e é derrotado.
Digimon chega ao fim de uma forma um pouco repentina. O portal entre os mundos está se fechando e, sem muito tempo, as crianças precisam dizer adeus aos seus parceiros Digimons. É um final um pouco triste, mas também esperançoso, pois eles vão se ver novamente algum dia. Além disso, as crianças estão terminando como pessoas mais completas do que quando começaram sua jornada.
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Fonte: terra gameon
