Frente aos rumores de uma conversa em que Bolsonaro teria dito a aliados que pretende se candidatar ao Senado em 2026 e que dentre as unidades federativas do país, Mato Grosso seria uma opção, visto o nível de aprovação dele no estado, o vice-governador disse não concordar com a estratégia.
“Não acredito que isso possa acontecer, nós temos lideranças legítimas, genuínas, aqui no estado de Mato Grosso. O estado não pode servir de lugar para as pessoas usarem para se candidatar. Acho que isso faz parte do nosso passado”, declarou Pivetta.
Mesmo reconhecendo o protagonismo do ex-presidente em Mato Grosso, Pivetta voltou a enaltecer os representantes políticos mato-grossenses, sendo contrário à prática de que candidatos de outras regiões preencham vagas longe de seus estados de origem.
“Ele tem muita força, evidentemente, é respeitadíssimo, mas eu não acredito. Acho que isso é um acontecimento do passado no Brasil, da liderança migrar para um estado só para ser candidato. Mato Grosso tem as suas lideranças legítimas, nós não precisamos e acho que não há mais espaço no Brasil a essa altura da nossa democracia, para políticos, mesmo que sejam bons, migrarem de um estado para outro só para ser candidato”, disse.
Em uma eventual eleição ao Senado em Mato Grosso, Bolsonaro poderá enfrentar o atual governador do estado Mauro Mendes (União) nas urnas.
Mas, primeiro, para que Bolsonaro possa ser candidato a qualquer cargo, precisa assegurar seus direitos políticos. Isso porque, atualmente, 16 ações de investigação podem torná-lo inelegível. Em segundo plano, para disputar em Mato Grosso, terá de ter residência comprovada de no mínimo seis meses, assim como estabelece a Lei 9.504/97 em seu art 9º.
Bolsonaro não pretende se candidatar em seu estado de origem, Rio de Janeiro, nem em São Paulo, por conta dos respectivos filhos Flávio Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL) que também tentarão se reeleger. Vale destacar que a ex-primeira-dama Michelly Bolsonaro (PL) também pode ser aposta do Partido Liberal para disputas ao senado.
Fonte: leiagora