Os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, do PT, denunciaram à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo, por ações que podem atingir o padre Júlio Lancellotti.
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Segundo os petistas, as ações e falas de Nunes sobre o pároco configuram “quebra de decoro, abuso de prerrogativas do mandato, incitação à discriminação, ofensas morais e desrespeito à dignidade de todo cidadão”.
“Não é razoável que um vereador, que foi eleito para representar os munícipes da cidade de São Paulo, persiga e ofenda um padre que faz um trabalho reconhecido de socorro e acolhimento à população em situação de rua”, afirmou Luna.
Entenda o caso envolvendo Júlio Lancellotti
Nunes entrou com um pedido para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Centro de São Paulo e investigar ONGs ligadas a Lancellotti. “As ONGs e demais cafetões da miséria vão ter que se explicar”, escreveu o vereador, nas redes sociais.
O padre Lancellotti se manifestou e disse que Nunes e seus aliados “ficam personalizando e criminalizando para fugir do debate da questão”.
Se a Casa seguir com os trabalhos, a CPI vai investigar, inicialmente, o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Espera-se ainda uma oitiva com Lancellotti.
Nunes se defendeu
O vereador usou sua conta no Twitter/X para se defender. De acordo com Nunes, os petistas querem cassar seu mandato porque começou a investigar a “máfia da miséria na Cracolândia”.
“A esquerda ficou furiosa”, escreveu Nunes. “Gleisi Hoffmann, Silvio Almeida e Randolfe Rodrigues começaram a me atacar. Agora, querem meu mandato na Câmara de São Paulo. Isso só deixa claro que estou no caminho certo.”
Padre Júlio Lancellotti é figura polêmica
No mês passado, o religioso protagonizou uma polêmica, em São Paulo. Durante um ato supostamente a favor da Palestina, Lancellotti atacou Israel. “Além de ser um Estado assassino, é um Estado covarde, que diz que é direito de defesa”, disse o pároco. “Direito de defesa não é matar, direito de defesa não é ser covarde, ser assassino como está sendo. Graças a Deus, nem todos os judeus e nem todos os israelitas comungam e apoiam esse governo assassino, esse governo que mata e que destrói o povo palestino.”
Fonte: revistaoeste