A Polícia Civil de Mato Grosso está investigando o assassinato de Santrosa, suplente de vereadora e cantora. O corpo de Santrosa foi encontrado no domingo 10, em sinop, a 503 km de Cuiabá. O cadáver mostrava sinais de violência, incluindo mãos e pés amarrados e decapitação.
Santrosa, de 27 anos, era transsexual e estava desaparecida desde sábado. Ela saiu de casa por volta das 11h e não voltou. Tinha um show agendado para aquela noite, mas não apareceu.
Além de sua carreira musical, Santrosa participou da política local, concorrendo a uma vaga na Câmara de Vereadores pelo PSDB em 2024, ficando como suplente.
O último post de Santrosa nas redes sociais, seis dias antes do assassinato, mostrava os bastidores de um videoclipe gravado em uma favela.
No Instagram, Santrosa tinha mais de 11,2 mil seguidores, em que divulgava seu trabalho musical. Ela também mantinha um canal no YouTube, com cerca de 4 mil inscritos, apesar de sua última publicação ter ocorrido há um ano.
Politicamente, Santrosa defendia pautas culturais para comunidades periféricas de Sinop. Se eleita, seria a primeira mulher trans a ocupar uma cadeira no Legislativo Municipal. Depois do crime, amigos e seguidores expressaram seu pesar nas redes sociais.
Nas redes sociais, a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso afirmou que acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH) e que cobrará das autoridades uma “apuração rigorosa” para identificar os responsáveis pelo crime.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local onde o corpo foi encontrado e realizou os primeiros exames. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de laudos que possam auxiliar na investigação.
A Polícia Civil mantém as investigações sob sigilo, mas informou à imprensa que está empenhada em esclarecer as circunstâncias e as motivações do crime.
Fonte: revistaoeste