A vereadora Paolla Miguel (PT), que destinou cerca de R$ 15 mil de emenda parlamentar para custear um evento que apresentou nudez, simulação de sexo e suposto incentivo ao uso de droga ilícita, admitiu que a atração foi “inapropriada”. A Festa Bicuda foi realizada no domingo 14, em uma praça pública do Distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP).
Durante o show, houve simulação de sexo e músicas que pregavam o uso de drogas ilícitas, como lança-perfume, que pode gerar problemas como parada cardíaca. Além disso, circulam imagens de pessoas nuas se apresentando no palco da festa.
Depois do episódio, a vereadora virou alvo de uma Comissão Processante (CP) na Câmara Municipal e poderá perder o seu mandato. À Folha de S.Paulo, ela afirmou que se tornou vítima de “uma campanha de desinformação”.
Ainda assim, ela confessou: “Foi completamente inadequado e inapropriado para uma praça, que precisa acolher a todos os públicos, e onde não tinha controle de idade”, disse Paolla ao jornal.
Ao mesmo tempo, ela disse que a Câmara tenta culpá-la por algo que fugiu do seu controle enquanto parlamentar, que é o tipo de performance de um evento. “Acredito que vamos abrir [com a CP] um precedente para o questionamento de coisas que não temos o controle, com relação às emendas”, afirmou.
A defesa de Paolla já se prepara para enfrentar o julgamento da CP. A parlamentar adiantou que vai enfrentar o escrutínio com “tranquilidade e serenidade”.
Nas redes sociais, a organização do festival afirmou que, “em respeito à liberdade artística dos convidados, a Bicuda não solicita o conteúdo prévio do que será apresentado, pois são performances que expressam importantes pautas da comunidade ‘LGBTQIAPN+’”.
“Mas entendemos que, por se tratar de uma apresentação em espaço com acesso aberto ao público, deveríamos ter nos atentado para a possibilidade de conteúdos inadequados”, disse em comunicado.
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Fonte: revistaoeste